Política Titulo Paralisação
Sem acordo, greve em Diadema inicia hoje

Lauro não melhora proposta e servidores cruzam
braços; varrição e Pasta de Obras serão atingidas

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
15/04/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


O funcionalismo de Diadema inicia hoje, a partir das 6h, greve geral pelos equipamentos públicos, depois de o prefeito Lauro Michels (PV) não aumentar proposta. Ele ofereceu só 3,5% de reajuste salarial à categoria.

A paralisação obedece a acordo firmado na semana passada pela classe com o Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), que reivindica 11% de acréscimo nos vencimentos, sendo 7,89% referentes à reposição inflacionária e 3,11% de aumento real.

A Secretaria de Obras e o Departamento de Limpeza Urbana – responsável pela varrição de ruas – são setores que reúnem grande concentração de funcionários favoráveis à greve. No entanto, há expectativa que equipamentos da Saúde e da Educação também sejam atingidos por completo neste primeiro ato da paralisação.

O chefe do Executivo tentou impedir ação ontem, ao buscar diálogo com dirigentes do Sindema, em reunião realizada no prédio do Paço. “O prefeito se reuniu conosco, alegou que, devido a problemas financeiros, não poderia elevar proposta. Contudo, não podemos deixar que essas dificuldades caiam sobre os ombros dos funcionários”, relatou o presidente da entidade, José Aparecido da Silva, o Neno.

Após definir greve na quinta-feira, o Sindema concentrou atividades de divulgação. Segundo Neno, a adesão vem aumentando significativamente nos últimos dias, porém, evitou prever que a paralisação seja incorporada pelos 7.500 servidores. “O que registramos foi um grande crescimento de funcionários e de pessoas da sociedade civil. Somente amanhã (hoje) saberemos o quanto a nossa causa atingiu”, acrescentou.

Por nota, a administração do verde informou que a proposta de reajuste é “realista com a situação financeira do município, que reflete a situação econômica nacional e não queremos comprometer o poder de compra dos funcionários”, prometendo elevar números caso haja crescimento na arrecadação nos próximos meses. “Iremos repor pelo menos a inflação”, adiciona, se o cenário otimista se confirmar.

O governo Lauro ainda descreveu que, desde o início da gestão, em janeiro de 2013, o salário dos servidores já foi reajustado em 13,6% e que, além disso, aumentou o vale-refeição, estendendo o benefício a um número maior de funcionários, criando outro sistema de banco de horas e que tem pago o 13º salário no prazo previsto. 




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