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Vereadores veteranos recusam aposentadoria

Parlamentares com até 9 mandatos consecutivos preparam mais uma candidatura ao Legislativo

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
06/04/2015 | 07:00
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Seis vereadores que ao todo somam 42 legislaturas. O mais antigo está no cargo desde 1972, ano em que Brasil tinha Emílio Garrastazu Médici como presidente. O que assumiu a vereança por último entre os seis, em 1992, entrava em uma Câmara com a Seleção Brasileira apenas tricampeã do mundo. E mesmo assim, os veteranos dos Legislativos do Grande ABC devem estar presentes nas urnas no pleito de 2016.

O vereador mais antigo da região está na Câmara de Diadema e tem nove legislaturas. Milton Capel (PV) está na Casa diademense desde 1977. O vereador verde já cogitou deixar o Legislativo algumas vezes. Falou que seu filho Rodrigo, advogado, poderia manter o legado da família Capel na política diademense. Mas deve mesmo é buscar chegar ao décimo mandato consecutivo.

Com sete legislaturas no currículo estão três parlamentares: Cida Ferreira (PMDB), de Diadema, Zé Ferreira (PT), de São Bernardo, e José de Araújo (PMDB), de Santo André. O andreense tem peculiaridade: apesar de estar na Câmara de Santo André desde 1972, Araújo foi vice-prefeito na gestão Newton da Costa Brandão (1992-1996).

Araújo considera o envolvimento dos munícipes como maior mudança na Casa desde 1972. “Hoje a população participa mais e acho importante eles acompanharem de mais perto e fazer reivindicações”, afirmou o vereador, que deve concorrer ao oitavo mandato, mas não pelo PMDB. Brigado com a direção municipal, ele está próximo do PSD.

Cida Ferreira entrou na Câmara de Diadema em 1988. A advogada é presidente do PMDB Mulher em São Paulo e já recebeu 16.600 votos nas sete eleições que disputou. Antes dela ir para a Casa, seu marido Jorge Ferreira é quem representava a família na política local. Ele morreu em 1987 e seu legado ficou com a mulher. Oficialmente Cida evitou cravar que buscará o oitavo mandato consecutivo em Diadema. Entretanto, é difícil imaginar uma chapa do PMDB local sem sua imagem.

Zé Ferreira está no Legislativo são-bernardense desde 1988. Orgulha-se de ser o vereador mais antigo da história do PT, com mandatos ininterruptos. Porém, toda história não foi suficiente para que Zé Ferreira alçasse voos maiores na política local, sempre foi preterido. Por isso, ele deve mesmo buscar mais um mandato de vereador e ampliar o recorde no petismo.

Com seis legislaturas, Gersio Sartori (PTB), de São Caetano, e Manoel Lopes (DEM), de Mauá contam com longa trajetória política, mas ainda não tão extensa quanto a dos colegas. Com estilo peculiar, Manoel é fervoroso oposicionista dos governos petistas. Desde 1992, quando chegou à vereança, esteve do lado contrário às gestões de Oswaldo Dias (PT) – 1997 a 2004 e 2009 a 2012 – e, agora, de Donisete Braga (PT). Nunca buscou voos maiores, porém orgulha-se de sua mulher, Angela Donatiello Lopes, ter sido secretária de Educação no governo de Leonel Damo, entre 2005 a 2008.

Gersio Sartori está na Câmara de São Caetano desde 1992 quanto tinha 26 anos. Tem afirmado que não pretende mais concorrer ao cargo no Legislativo. “Já fiz a minha contribuição. Vou dar espaço para novas ideias, novas cabeças, novas pessoas”. Contudo, o PTB pode forçá-lo a mais uma candidatura. Seis vereadores que ao todo somam 42 legislaturas. O mais antigo está no cargo desde 1972, ano em que Brasil tinha Emílio Garrastazu Médici como presidente. O que assumiu a vereança por último entre os seis, em 1992, entrava em uma Câmara com a Seleção Brasileira apenas tricampeã do mundo. E mesmo assim, os veteranos dos Legislativos do Grande ABC devem estar presentes nas urnas no pleito de 2016.

O vereador mais antigo da região está na Câmara de Diadema e tem nove legislaturas. Milton Capel (PV) está na Casa diademense desde 1977. O vereador verde já cogitou deixar o Legislativo algumas vezes. Falou que seu filho Rodrigo, advogado, poderia manter o legado da família Capel na política diademense. Mas deve mesmo é buscar chegar ao décimo mandato consecutivo.

Com sete legislaturas no currículo estão três parlamentares: Cida Ferreira (PMDB), de Diadema, Zé Ferreira (PT), de São Bernardo, e José de Araújo (PMDB), de Santo André. O andreense tem peculiaridade: apesar de estar na Câmara de Santo André desde 1972, Araújo foi vice-prefeito na gestão Newton da Costa Brandão (1992-1996).

Araújo considera o envolvimento dos munícipes como maior mudança na Casa desde 1972. “Hoje a população participa mais e acho importante eles acompanharem de mais perto e fazer reivindicações”, afirmou o vereador, que deve concorrer ao oitavo mandato, mas não pelo PMDB. Brigado com a direção municipal, ele está próximo do PSD.

Cida Ferreira entrou na Câmara de Diadema em 1988. A advogada é presidente do PMDB Mulher em São Paulo e já recebeu 16.600 votos nas sete eleições que disputou. Antes dela ir para a Casa, seu marido Jorge Ferreira é quem representava a família na política local. Ele morreu em 1987 e seu legado ficou com a mulher. Oficialmente Cida evitou cravar que buscará o oitavo mandato consecutivo em Diadema. Entretanto, é difícil imaginar uma chapa do PMDB local sem sua imagem.

Zé Ferreira está no Legislativo são-bernardense desde 1988. Orgulha-se de ser o vereador mais antigo da história do PT, com mandatos ininterruptos. Porém, toda história não foi suficiente para que Zé Ferreira alçasse voos maiores na política local, sempre foi preterido. Por isso, ele deve mesmo buscar mais um mandato de vereador e ampliar o recorde no petismo.

Com seis legislaturas, Gersio Sartori (PTB), de São Caetano, e Manoel Lopes (DEM), de Mauá contam com longa trajetória política, mas ainda não tão extensa quanto a dos colegas. Com estilo peculiar, Manoel é fervoroso oposicionista dos governos petistas. Desde 1992, quando chegou à vereança, esteve do lado contrário às gestões de Oswaldo Dias (PT) – 1997 a 2004 e 2009 a 2012 – e, agora, de Donisete Braga (PT). Nunca buscou voos maiores, porém orgulha-se de sua mulher, Angela Donatiello Lopes, ter sido secretária de Educação no governo de Leonel Damo, entre 2005 a 2008.

Gersio Sartori está na Câmara de São Caetano desde 1992 quanto tinha 26 anos. Tem afirmado que não pretende mais concorrer ao cargo no Legislativo. “Já fiz a minha contribuição. Vou dar espaço para novas ideias, novas cabeças, novas pessoas”. Contudo, o PTB pode forçá-lo a mais uma candidatura.  

Admir Jacomussi, de 8 legislaturas, é cotado para ser vice de Donisete

Admir Jacomussi (PRP) tem oito mandatos de vereador de Mauá no currículo. Porém, ao contrário da maioria dos colegas jurássicos, é cotado para subir de patamar na política local.

O republicano é assediado pelo prefeito Donisete Braga (PT) para compor a vice na chapa de reeleição de 2016. O petista quer ter o vereador ao lado e, assim, impedir que o deputado estadual Atila Jacomussi (PCdoB), filho de Admir, saia candidato ao Paço e mine planos de renovação de mandato.

Admir foi eleito pela primeira vez em 1972. Foi presidente da Câmara. Deixou o Legislativo em duas oportunidades. Justamente para colocar o filho na política mauaense. Entre 2004 e 2012, Atila foi quem representou o clã Jacomussi em cargo eletivo. Admir ficou três desses anos como secretário de Obras no governo de Leonel Damo, até 2008.

Retomou a vereança na eleição de 2012, quando o filho Atila buscou cadeira de prefeito pelo PPS. Atila terminou o primeiro turno na terceira colocação, atrás somente de Donisete Braga (PT) e da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). Foi o fiel da balança para o triunfo do petista no segundo turno. Em troca, recebeu o comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

O clima entre Atila e Donisete não é mais tão amistoso.Tanto que o deputado cogita novamente candidatura própria ao Paço. Neste caso, Admir tenderia a concorrer ao oitavo mandato de vereador.




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