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Congresso mostra crescimento de partidos de esquerda
Por Das Agências
28/10/2002 | 05:52
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Renovadas em dois terços as bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para o exercício 2003/2006, o novo Legislativo, que abre os trabalhos no 15 de fevereiro, mostra um forte crescimento dos partidos de esquerda, especialmente do PT. Na Câmara, a bancada de esquerda passa de 112 para 161 deputados, assim distribuídos: PT, 91 parlamentares; PDT, 21; PSB, 22; PPS, 15; e PCdoB, 12 deputados. Destes, apenas o PDT teve redução na bancada, que passou de 25 para 21 parlamentares.

Também cresceu a bancada de partidos não alinhados, como o PTB (26) e o PL (26) e outras pequenas legendas, passando de 54 para 74 deputados. Já os partidos que compõem a atual base governista – PSDB, PMDB, PFL e PPB – apresentaram, sem exceção, redução de suas bancadas. Em 1998, o PFL chegou à Câmara com uma bancada de 105 deputados e, em 2003, elegeu 84. Já o PSDB encolheu de 99 para 71 parlamentares. O PMDB passou de 83 para 74 deputados e o PPB, de 60 para 49.

A partir de novembro, os líderes dos maiores partidos na Câmara terão dois desafios pela frente: tentar manter suas bancadas eleitas ante o troca-troca de partidos, que é comum neste período entre a eleição e a posse, e começar os entendimentos para a escolha do presidente da Casa, prevista para 2 de fevereiro.

Tradicionalmente, o partido que elege a maior bancada – no caso o PT – tem o direito de indicar o nome para a presidência da Câmara. No entanto, todas essas articulações passam por acordos sobre a presidência do Senado e possível formação de blocos partidários. No Senado, PFL e PMDB dividem a condição de maior bancada, com 19 senadores, cada.

O PSDB, que em 1998 elegeu uma bancada de 14 parlamentares, terá, a partir de fevereiro de 2003, 11 senadores. Já o PPB, elegeu apenas 1. A bancada dos partidos de esquerda no Senado, a exemplo do que ocorreu na Câmara, também cresceu. O PT, que contava com 11 senadores, passa a ter 14. O PDT manteve a representação de 5 parlamentares; o PSB passou de 3 para 4 senadores; e o PPS, de 2 para 1, no caso a senadora Patrícia Gomes (CE).

Os partidos ditos não alinhados terão no Senado 7 representantes, a partir de fevereiro, contra 6 eleitos em 1998. O PL aumentou sua bancada de 1 para 3 parlamentares, o PSD elegeu 1 e o PTB viu sua bancada reduzida de 5 para 3 senadores.

Quanto ao número de votos que cada partido recebeu, em todo o país, na disputa por de deputado federal, também o PT foi o mais votado. Os 91 deputados petistas somaram 16,09 milhões de votos, o que representou 18,38% dos votos dos brasileiros. Já os 71 deputados tucanos obtiveram 12,53 milhões de votos, ou seja, 14,32% do total apurado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os deputados pefelistas e pemedebistas praticamente empataram na soma de votos para Câmara: 11,70 milhões (13,37%) para o PFL e 11,68 milhões (13,35%) para o PMDB. Dos 115 milhões de eleitores brasileiros, 87.525.999 votaram para deputado nas eleições de 6 de outubro.

Informações da Agência Brasil




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