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Mangels eleva lucro em 596% e investe na região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/04/2008 | 07:00
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Com um crescimento de 596% no lucro em 2007, em parte devido a fortes vendas ao setor automotivo, a empresa Mangels realiza investimentos para atender ao segmento. A companhia investe R$ 80 milhões para ampliar e modernizar sua fábrica em São Bernardo e para inaugurar, em outubro deste ano, um novo centro de serviços de aço em área anexa a sua unidade fabril.

 O plano de expansão, que é trienal (2007 a 2009), envolve a ampliação do quadro de funcionários da companhia – que tem fábrica também em Três Corações (MG) e Manaus (AM). Atualmente são 2.300 empregados e a idéia é contratar 100 neste ano, a maior parte deles para o Grande ABC.

 “Estamos próximos do limite da capacidade, por isso estamos investindo”, explicou o diretor de Finanças da Mangels, Adelmo Felizati.

 O executivo acrescentou que a forte demanda do setor automotivo – que representa 60% do faturamento da companhia – contribuiu para a decisão de ampliar.

 O novo centro de serviços, que vai demandar R$ 35 milhões, elevará a capacidade produtiva de 50 mil para 200 mil toneladas anuais de aço relaminado, item que atende as indústrias de autopeças e as montadoras.

 O investimento na região também vai gerar a expansão da área de estamparia, que passará de 8.000 para 16 mil toneladas anuais de peças estampadas até 2009.

 E o foco é o mercado interno, seja devido ao aquecimento das vendas no País, seja pelo câmbio desvantajoso para exportar. As vendas de aço ao Exterior caíram de 8% do faturamento total em 2006 para em torno de 1,5% em 2007.

 Em relação à concorrência com os itens importados, por enquanto, a empresa não mostra preocupação. “Ainda não é competitivo importar em volumes significativos, já que o aço tem subido de preço no Exterior”, disse Felizati.

FORTE LUCRO

 A Mangels ampliou o lucro líquido de R$ 5,4 milhões em 2006 para R$ 37,6 milhões (596% de crescimento). Além do impulso obtido com a alta das vendas (que subiram 11%, para R$ 636 milhões), a empresa reduziu as despesas financeiras em 28%, para R$ 16,2 milhões em 2007. “A valorização do real proporcionou ganhos, já que a dívida está atrelada ao dólar”, afirmou o diretor.



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