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Scorpions empolga público e defende floresta
Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
08/09/2008 | 07:03
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Energia, simpatia e boa música não faltaram ao Scorpions, que apresentou seu show eletroacústico de quase duas horas com muito entusiasmo no palco do Credicard Hall, em São Paulo, no último sábado.

Às 22h16, soaram as primeiras batidas e acordes de Hour I, em seguida foi a vez da guitarra ardida de Mathias Jabbs anunciar Coming Home, do clássico álbum Love at First Sting. O público que lotou a casa, cantou junto ao vocalista Klauss Meine a canção Bad Boys Running Wild enquanto que o guitarrista Rudolf Schencker pulava com sua guitarra. O repertório seguiu recheado de clássicos. Nem The Zoo ficou de fora.

As guitarras deram lugar aos violões, e convidados especiais foram anunciados pelo vocalista Klaus Meine, entre eles, Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura. A canção Always Somewhere ficou bela misturada a berimbaus, congas e novos arranjos. Enquanto todos cantavam, o telão projetava imagens feitas na Amazônia, com índios, desmatamentos e queimadas.

Arranjos brasileiros recheados de percussão funcionaram muito bem para a música Holyday, em seguida, todas as vozes se juntaram para cantar Dust in the Wind, originalmente gravada pela banda norte-americana Kansas. Love You Sunday Morning e Tease Me Please Me deram seqüência ao set desplugado. O famoso assobio de Wind of Change foi acompanhado por todos os presentes enquanto Klauss Meine segurava a bandeira brasileira.

Mas foi o baterista James Kottack quem roubou a cena. Batidas fortes junto aos percussionistas se transformaram em uma verdadeira bateria de escola de samba, num belo solo de bateria. Kottack vestiu uma touca verde e amarela, ficou em pé na bateria, exibiu a camiseta que nas costas dizia Rock and Roll Forever, tirou a camiseta e na pele uma enorme tatuagem com os mesmos dizeres. O baterista perguntou: "Há algum Klauss na casa?, vocês estão prontos para o rock?". A banda voltou ao palco, desta vez plugada novamente e sem os convidados.

O lugar veio abaixo com a trinca Blackout, Big City Nights e, talvez a mais esperada por todos, Still Loving You com sua mágica poderosa de encantar as pessoas. "Este País é lindo visto do alto", disse o vocalista antes de anunciar Humanity, lançada no último trabalho do conjunto Humanity Hour I. As imagens de destruição da floresta voltaram aos telões, deixando clara a adesão dos alemães ao fim do desmatamento na Amazônia.

Rock You Like a Hurricane trouxe os convidados de volta ao palco. Rudolf Schencker, Mathias Jabbs e Andreas Kisser fizeram uma bela trinca de cordas, e mais uma vez o público se empolgou.

Há 36 anos na estrada, a banda parece não envelhecer. A prova de que a música não tem idade foi o público presente, um verdadeiro encontro de gerações. O Scorpions se apresenta novamente em São Paulo no próximo sábado, dia 13.




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