Ao todo, 32,7 mil trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já conquistaram índice de 8% de reajuste - reposição da inflação (5,39%) dos últimos 12 meses até setembro, pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais aumento real de 2,5% - neste ano, por meio de acordo das empresas com a entidade sindical.

Esse número representa 46% do total de 70 mil que estão em campanha salarial neste ano. E dos 32,7 mil, 31,5 mil obtiveram o índice depois que foi aprovada greve no dia 14. Outros 1.200, das 22 empresas do Grupo Fundição, alcançaram conquista na mesa de negociação e após aprovação em assembleia, virou referência para os demais grupos. Além da base dos Metalúrgicos do ABC em campanha, há mais 35 mil que trabalham em montadoras, as quais fecharam, em 2011, acordo válido por dois anos, até 2013.

Em relação ao número de companhias que já chegaram à solução com o sindicato, até ontem, às 17h30, 113 empresas do setor na região atenderam reivindicação da categoria e concederam o aumento salarial, à revelia dos grupos patronais que tiveram suas propostas rejeitadas na mesa de negociação.

Há 11 dias, os trabalhadores seguem mobilizados e orientados a paralisar a produção na indústria que não conceder o aumento. Segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, esse movimento vai durar até que todos os trabalhadores da categoria conquistem o índice de 8%. A campanha salarial é unificada. A FEM-CUT negocia em nome de 14 sindicatos filiados à Central, num total de 249 mil trabalhadores no Estado.

FUNDIÇÃO

A federação assina hoje aditamento à convenção coletiva com o grupo patronal de Fundição. Com o novo reajuste, o salário nesse ramo da categoria subirá para R$ 1.063,26 (nas empresas com até 350 trabalhadores) e R$ 1.265,22 (acima de 350). LF