Após reunião com os dois cartórios eleitorais de São Caetano para orientar os partidos a não infringir a lei eleitoral, o Psol comemorou ontem o fato de não possuir ampla publicidade, como cavaletes e carros de som, e não se enquadrar na lista de faltas cometidas pelos concorrentes do pleito deste ano. O encontro foi motivado pelo excesso de propagandas e abusos durante a campanha. O vice na chapa do Psol encabeçada por Fernando Turco, Daniel Lima, exaltou o feedback que recebeu. "Só três candidatos a vereador utilizam cavaletes porque são mais conhecidos e antigos na cidade. O estilo de campanha do partido é outro, é diferente e consciente", analisou Lima.

Os cidadãos têm disputado espaço nos 15 quilômetros quadrados de São Caetano com os cavaletes dos candidatos espalhados por toda a cidade, além dos inúmeros carros de som que circulam pelas vias do município propagando jingles. "Isso é uma incoerência política tremenda. Os vereadores votaram pela Lei Cidade Limpa e a infringem colocando os cavaletes e banners em benefício próprio com o argumento de que a lei federal se sobrepõe, o que é correto juridicamente (há outras interpretações sobre essa situação). Mas aí fica: ‘o que é para eles pode'. E quando é para os outros, não", declarou.

A chapa majoritária do Psol não foi às ruas ontem e dedicou o dia para reuniões internas sobre o programa de governo. De acordo com Daniel Lima, o grupo focou os trabalhos em incrementar as propostas no combate ao tráfico de drogas. "Queremos ampliar o contingente da GCM (Guarda Civil Municipal) e investir em tecnologias para ampliar a inteligência da Segurança Pública", explicou.