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Simões admite erro ao acusar vereadores, mas afirma que manterá críticas a Marcelo

Vereador avisa que vai permanecer com postura oposicionista ao prefeito: ‘Eu não ficarei quieto’

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/09/2021 | 00:30
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DGABC


O vereador oposicionista Sargento Simões (Podemos), de Mauá, avisou que manterá o tom crítico ao governo do prefeito Marcelo Oliveira (PT) mesmo se a base de sustentação seguir com pressão para enquadrá-lo dentro da Câmara.

Em visita à sede do Diário, Simões reconheceu que errou ao acusar vereadores de corrupção pelo enterro de seus pedidos de impeachment de Marcelo e de abertura de CPI da Mauá Luz (grupo concessionário da iluminação pública da cidade), porém, disse que permanecerá com questionamentos à gestão.

“Eu trabalho com acusações fundamentadas. Podem me processar. Mas seguirei agindo conforme minha consciência. Fui eleito para defender o povo de Mauá, não me servir dele. Estão me ameaçando, falando que vão vasculhar a minha vida e tirar tudo. Eu não tenho medo. Sou crente a Deus e sei que daqui não vou levar nada”, comentou. “O serviço da Mauá escuridão (como ele chama a Mauá Luz) é péssimo. Toda cidade sabe que pelo menos 20% das ruas ficam às escuras. E por que o governo não quer abrir uma CPI para investigar? O que há por trás disso? Se você paga tabela cheia por um serviço e o retorno é de 80%, 70%, por que não apurar? Qual a lógica? Não posso ficar quieto vendo esse desgoverno”, disparou.

Em seu primeiro mandato na Câmara de Mauá após diversas tentativas, Simões anunciou que não buscará mais a reeleição e que, no ano que vem, será candidato a deputado federal. Ele disse que trabalhará para obter 100 mil votos, com estratégia de fincar os pés na raia oposicionista a Marcelo. “Eu não tenho nada contra a pessoa do prefeito. Só não concordo com o jeito que ele e sua equipe trabalham. Para mim, é o governo do sono, do devagar, devagarinho.”

Policial militar reformado, Simões é dono de uma empresa de vigilância, na qual ele garante que vem toda sua renda. “Estou na política para devolver para Mauá tudo que ela me deu quando aqui cheguei em 1979 (Simões é natural do Rio de Janeiro)”, comentou ele, que chegou a ser anunciado como secretário de Segurança Pública na gestão do ex-prefeito Atila Jacomussi (SD), mas não assumiu a vaga.

“Até hoje não sei os motivos pelos quais ele não me nomeou”, comentou. “Eu conheço o Atila desde moleque. Confiei nele, na campanha que ele fez como filho de Mauá. Mas é preciso reconhecer que ele deixou a mãe órfã. Ele não é preguiçoso, é trabalhador. Mas fez um governo ruim demais. Não à toa votei pela rejeição de suas contas (na Câmara, no mês passado)”, emendou o parlamentar, que chegou a comandar a Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá), autarquia hoje extinta. “Saí de lá quando percebi que não poderia executar nada, que ali era um cabide de emprego.” 




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