As 101 empresas do Novo Mercado da Bolsa paulista, juntas, já somam R$ 445 bilhões em valor de mercado, que representam 19% do total na Bovespa. Desde que foi criado, em 2002, esse segmento acumula R$ 96,5 bilhões em captação de recursos por meio da abertura de capital e lançamento de ações.
Para entrar nesse segmento, as companhias precisam, voluntariamente, oferecer mais transparência na divulgação de suas informações à sociedade e garantir que todos os acionistas minoritários (pequenos investimentos) tenham os mesmos direitos dos acionistas majoritários em caso de venda da companhia, o que supera a exigência da legislação brasileira.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da BMF&Bovespa, Gilberto Mifano, em tempos de crise internacional, o Novo Mercado é uma referência para as empresas participantes no Brasil e no Exterior. Ele destaca o processo de consolidação desse segmento, que vem, ano a ano, conquistando mais adesões.
De todas as 111 ofertas públicas iniciais para a abertura de capital, ocorridas desde 2002, um total de 79 companhias foram para o Novo Mercado.
O segmento recebeu ainda 22 empresas que migraram de outras listagem da Bolsa. O lançamento mais recente foi a Estácio Participações (a 101ª), no último dia 11.
O diretor-geral da Bolsa, Edemir Pinto, afirma que a perspectiva é de continuidade de atuação com essas regras para o crescimento da base de investidores e do próprio mercado acionário como um todo. "O Novo Mercado é o que queremos para o Brasil", disse o executivo.
Para ser listada, a companhia precisa preencher uma série de requisitos. como ter seu capital social formado apenas por ações ordinárias (que dão direito a voto em assembléia dos acionistas); estender a todos os acionistas as mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia; aderir à Câmara de Arbitragem do Mercado para resolução de conflitos societários; e divulgar demonstrações financeiras da companhia em conformidade com os padrões internacionais.
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