Candidato do PSD à Prefeitura de Mauá, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves minimizou pesquisas que indicam que ele está longe da preferência do eleitor e disse apostar no voto de indecisos para a eleição de domingo. O pessedista evitou cravar apoio em eventual segundo turno do pleito, alegando ter “convicção” de vitória.

Para Márcio Chaves, o acirramento da briga polarizada entre o atual prefeito e candidato à reeleição, Donisete Braga (PT), e o deputado estadual Atila Jacomussi (PSB) beneficia sua candidatura. “Não (anuncia apoio). Até porque eu estou convicto que tenho grandes chances de ir para o segundo turno. Todas essas pesquisas também demonstram que o número de indecisos chega a 50%. Ou seja, eles (Donisete e Atila) têm esse percentual dentro dos decididos, mas o número de pessoas que ainda não se manisfestaram é muito alto”, analisou Márcio. “Eu aposto no voto consciente, das pessoas que estão vendo as propostas. A população de Mauá é sábia, tem sabedoria e está vendo o baixo nível da disputa entre as duas candidaturas que polarizam, com enxurrada de materiais apócrifos. Eu acho que a população está atenta a isso e está disposta a votar em quem apresentar projetos, propostas reais”, emendou.

Levantamento do DGABC Pesquisas publicado no dia 2 de setembro pelo Diário mostrou que Márcio Chaves está numericamente em quarto lugar, com 4,5% das intenções de voto. Porém, levando em consideração a margem de erro de cinco pontos percentuais, o ex-vice-prefeito briga pelo terceiro lugar com o candidato do PSDB, o ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi, que foi citado por 5% do eleitorado. Na estimulada, 14% dos eleitores disseram não saber em quem votar. Na espontânea, 39,8% afirmaram que ainda não decidiram o voto no domingo.

SEGURANÇA
Márcio realizou ontem à tarde caminhada em comércios entre os bairros Vila Assis e Matriz. Vice-prefeito pelo PT por duas ocasiões (1997-2000 e 2001-2004) – também foi candidato petista ao Paço em 1992 e 2004 –, o agora pessedista foi reconhecido por alguns moradores, que reagiram de forma positiva à sua abordagem na rua. O prefeiturável ouviu diversas críticas relacionadas à Segurança Pública, como a do comerciante Ricardo Rodrigues de Brito, 25 anos, que reclamou dos constantes assaltos na região.

Para o setor, Márcio Chaves prometeu criar “de cara” 100 vagas via Operação Delegada, em que policiais militares são remunerados para trabalhar nas folgas, por meio de convênio entre o Paço e o governo do Estado. O pessedista se comprometeu ainda a ampliar em “pelo menos” 110 vagas o efetivo da GCM (Guarda Civil Municipal).