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Marcelo Faria ri à toa com parceria
Por Gabriela Germano
Da TV Press
02/09/2008 | 07:05
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Divulgação


Marcelo Faria estabeleceu uma parceria com Ísis Valverde que deu certo dentro e fora da ficção. Em Beleza Pura, o ator interpreta Robson, par romântico de Rakelli. Na realidade, os dois estão namorando. Ao andar pelas ruas do Rio, ele não demora a ouvir: ‘Robinho, cadê a Kelinha?'.

"São apelidos que nós nos demos, a autora inseriu na novela e o povo sabe", conta Marcelo, em tom de satisfação pelo reconhecimento. O assédio de agora, no entanto, é bem mais ameno do que o dos tempos em que ele interpretou Ralado, em Quatro por Quatro. "Foi o auge da minha carreira. Eu saía nas ruas e era atacado pelas mulheres", recorda. E, em meio a esse sucesso, Marcelo chegou a se envolver em brigas e também a ter problemas com a imprensa por achar que tinha sua privacidade invadida. Hoje, com 34 anos e prestes a completar 20 de carreira em 2009, o ator afirma que aprendeu a lidar com o excesso de exposição. Confira trechos da entrevista:

Beleza Pura teve altos e baixos em relação à audiência. Mas seu personagem está diretamente ligado à Rakelli, de Ísis Valverde, que teve a maior repercussão da trama. Como você analisa esse trabalho?

MARCELO FARIA - Nosso núcleo compôs a parte gostosa e leve da história. As pessoas gostam de ver aventura, ninguém quer chegar em casa e ver drama. Tive a sorte de estar com a Ísis Valverde. A Rakelli estourou, tomou conta da novela, e o meu personagem Robson foi junto. Óbvio que não foi uma carona, porque ela não sobreviveria sem mim também. Acho que uma coisa levou à outra. Os outros atores ao nosso redor também fizeram um contraponto legal, como o Bruno Mazzeo e a Carol Castro, além do Elias Andreato e do meu pai.

Ser filho de Reginaldo Faria e pertencer a uma família de diretores continua gerando pressão e cobranças?

FARIA - O sobrenome traz responsabilidade, mas não me sinto cobrado. Nunca dependi nem me espelhei em ninguém. Fiz o meu caminho e a cobrança foi se diluindo. Entre 1986 e 1989 estudei teatro na CAL (Casa de Artes das Laranjeiras) e logo estreei em uma peça do Roberto Talma na qual o único personagem elogiado foi o meu. Como ele ia dirigir Top Model, me chamou para fazer testes e entrei na novela. Hoje só há mesmo a minha cobrança pessoal, na batalha de sempre buscar personagens diferentes.

E você acha que tem conseguido?

FARIA - No começo da minha carreira eu fazia muito garotão Zona Sul do Rio, surfista. As coisas começaram a mudar depois do bombeiro Vladimir, de Celebridade. Ele era um suburbano, moralista, um militar. Logo veio a oportunidade de fazer época em Alma Gêmea e também o Romildo de Amazônia, que tinha uma barba gigante, sotaque nordestino e para o qual eu emagreci e cheguei aos 70 quilos. Converso com as pessoas da emissora e falo: ‘sou surfista, mas faço qualquer papel. É só vocês me darem que estou buscando'.

Você teve problemas com a imprensa ao longo da carreira. Já conseguiu reverter isso?

FARIA - A gente tem de aprender a lidar com esse assédio. Quando passei a fazer bailes de debutantes e desfiles por causa do sucesso de Top Model e quando estourei com o Ralado de Quatro por Quatro, pirei completamente. Não havia a cultura da internet, dos paparazzi e eu fazia o que queria no Rio. Se quisesse, ficava com dez meninas em uma mesma noite. Para aceitar a quebra de privacidade vinda com a internet foi difícil. Briguei muito. Mas já entendi que não tem saída.




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