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Preço do pescado está até 25% mais barato na região
Por Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
03/09/2010 | 07:04
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Peixes, moluscos e crustáceos até 25% mais baratos para estimular o brasileiro a consumir esses alimentos. Esta é a estratégia das supermercadistas durante a 7ª Semana do Peixe, evento que na verdade dura 15 dias, e tem o intuito de difundir os benefícios do consumo de pescados.

Nos estabelecimentos o consumidor encontrará em maior tilápia, sardinha, picado, pacu e anchova. Apesar do volume vendido pelo setor no evento passado não ter sido divulgado, a expectativa é que neste ano o crescimento seja de 30%.

Estimativa do MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) aponta que cada habitante consome em média sete quilos de peixe por ano, enquanto o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde são 12 quilos. Entretanto, as redes estão animadas com a evolução das vendas, que nos últimos anos avançou 15%.

O Grupo Pão de Açúcar comprou para o período 2.000 toneladas de peixes. Segundo o diretor comercial, Pedro Henrique Pereira, o preço atrativo é resultado da margem menor praticada pelos fornecedores e pela própria rede. O filé de tilápia é destaque, com o preço do quilo 24,37% mais barato, custando R$ 18,90.

Bacalhau do Porto, geralmente vendido com preço mais salgado, está com 11,80% mais barato, saindo por R$ 29,90. Pereira afirma que a rede importa 5.000 toneladas do peixe por ano.

Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a seção de peixaria representou 2,98% do faturamento do setor, que totalizou R$ 177 bilhões no ano passado. No País, a comercialização da 1,24 milhão de toneladas produzidas movimenta R$ 5 bilhões.

VARIEDADE
Os oito hipermercados do Carrefour no Grande ABC têm à disposição mais de 50 tipos de pescados, como salmão, salmão truta, cação, tainha, merluza, corvina, sardinha, anchova, pescada e camarão. A rede negociou com os fornecedores 1.000 toneladas para atender a demanda dos consumidores.

Em nota, o diretor de peixaria da companhia diz que as vendas deverão crescer 10% em relação ao evento anterior. Entre os itens com preços mais competitivos nesta edição estão o pacote de camarão cinza cozido com 500 gramas por R$ 13,98 a embalagem de filé de salmão com o mesmo peso, que custa R$ 14,95.

Atenção na comprar é fundamental para levar produto fresco
No momento de comprar peixe de boa qualidade é importante o consumidor estar atento às detalhes como as guelras, que devem estar brilhantes, úmidas e com cor entre o rosa e o vermelho intenso, além da aparência firme das escamas do animal.

No caso dos moluscos e crustáceos também vale observar se existem manchas na pele ou na carapaça. Polvos e lulas devem ter a carne consistente e elástica.

Após o descongelamento, os pescados só podem ser congelados novamente se forem cozidos e preparados. No congelamento caseiro, os peixes devem ser mantidos inteiros, porém sem as vísceras. Já os camarões e lagostas devem ser congelados sem cabeça.

Apesar de devagar, consumo registra avanço em 2009
Mesmo o brasileiro não consumindo a quantidade ideal de pescado, o mercado registra crescimento de 15,7% nos últimos dois anos, segundo o MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura). De acordo com a Pasta, todo a produção de 1,24 milhão de toneladas é consumida internamente, sendo que ainda é necessário importar 20% deste montante para suprir a demanda nacional.

A sardinha é a espécie mais consumida pela população e sua produção chega a 85 mil toneladas por ano (veja arte acima). As demais espécies são consumidas em quantidades mais ou menos semelhantes, com pequenas variações anuais.

Na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) os preços do pescado permanecem estáveis nesta semana. Jorge Luiz Andres, proprietário de um estande na central de abastecimento diz que a tilápia é vendida para o feirante com preço médio de R$ 3,90, e o preço para o consumidor sai por R$ 7,70.

IMPORTÂNCIA
Segundo a nutricionista Alessandra Paula Nunes a carne de peixe é a que tem menor teor de gordura quando comparada à vermelha. "As gorduras encontradas nos peixes são importantes, pois são ricas em Ômega 3 e recomendadas no combate às doenças cardíacas e na redução do mau colesterol."

Ação antiinflamatória, redução da pressão arterial e de riscos de derrame cerebral estão entre os benefícios atribuídos ao Ômega 3. A especialista salienta que a quantidade de proteínas também é alta, sendo que a digestão desse alimento é mais fácil que das carnes de boi e porco.

Um peixe com alto teor ácidos graxos Ômega 3 é a sardinha, especialmente quando comprada fresca e não em conserva, que por conta do processo de fabricação vem com alto teor de sódio e outros conservantes. A espécie é uma alternativa àqueles que não têm condições de comprar salmão com regularidade.




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