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Argentinos estao otimistas para amistosos
Por Alec Duarte
Enviado a Buenos Aires
31/08/1999 | 23:59
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Otimismo. Esta é a palavra de ordem entre os jogadores estrangeiros que se apresentaram ao técnico argentino Marcelo Bielsa e que já estao treinando para a série de dois amistosos entre Brasil e Argentina. "Nao sei se existe tanta diferença assim no futebol de brasileiros e argentinos. A história tem mostrado que nao", afirmou o zagueiro Roberto Ayala, vilao da eliminaçao da Argentina na Copa América - desperdiçou um pênalti que poderia ter empatado o jogo contra a Seleçao Brasileira nas quartas-de-final.

Consciente, Ayala diz que ficou muito tempo sem jogar - era e ainda é reserva do Milan - antes da Copa América e isso acabou fazendo bastante diferença. "Tenho cabeça suficiente para saber que ainda falta muito para que eu atinja meu nível novamente", confirma ele, que também acredita que será difícil para os estrangeiros que ficaram de fora da competiçao continental recuperar um lugar no time titular. "Apareceram outros atletas tao bons quanto os que jogam no exterior", avalia Ayala, que deve ser o capitao da equipe argentina no primeiro amistoso, sábado.

O recado de Ayala tem endereço certo: os garotos Javier Saviola e Pablo Aimar, ambos do River Plate, que podem ser conduzidos à titularidade por Bielsa por causa da pressao popular. Um programa de televisao fez uma pesquisa interativa ontem com seus telespectadores e descobriu que 77% deles querem os dois jovens como titulares contra a Seleçao Brasileira.

O otimismo de Ayala é compartilhado por boa parte de seus companheiros. O volante Fernando Redondo, do Real Madrid, acha que a Argentina tem todas as possibilidades de vencer no sábado. "Na verdade, nao estou preocupado com a vitória, porque sei que independentemente do resultado, seremos cobrados pela qualidade do futebol apresentado. Nao basta ganhar, é preciso jogar bem, e acho que estamos preparados para ambas as coisas", disse Redondo.

Companheiro do brasileiro Silvinho no Arsenal, o lateral Nelson Vivas resumiu o espírito dos jogos dos dias 4 e 7. "Nao se trata de um amistoso, mas de um clássico. Para mim, é um jogo superimportante e temos nossas armas para ganhar", afirmou. O atacante Ortega, agora no Parma, concorda com o colega. "É um jogo lindo, cheio de história. Quero o estádio lotado para que possamos escrever uma página brilhante da biografia do futebol argentino."

Hernán Crespo, outro atleta do Parma, é o único atacante nato do grupo de 22 convocados por Marcelo Bielsa. Isso nao significa uma responsabilidade maior, segundo ele. "A responsabilidade aqui é enorme e dividida entre todos. Enfrentar o Brasil, um rival com um nível técnico espetacular, nos obriga a provar que realmente merecemos o prestígio que temos."




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