O lagarto-teiú é o maior lagarto da América do Sul. Mede, em média, 1 metro e pesa de 1,5 a 3 quilos. Mas na hora de despistar os predadores usa tática igual a da pequena lagartixa: a autotomia, quando desprende a cauda para distrair o inimigo. Dessa forma, consegue fugir com facilidade. Com o passar do tempo, o rabo volta a crescer.

O réptil é encontrado em florestas tropicais e seu corpo está adaptado para viver nesse bioma. A língua serve para perceber o que tem no ambiente, se há alguma presa ou predador próximos, por exemplo. Tem garras que o ajuda a subir em pedras, arbustos e árvores. A pele, revestida por escamas e cheia de manchas claras, é frequentemente trocada.

O bicho é bastante ágil. Para atacar e se defender, costuma dar mordidas e rabadas fortes. No entanto, só avança no homem caso sinta-se muito ameaçado, embora o comportamento mais comum seja a fuga.

É onívoro (come carne e vegetais). Alimenta-se de invertebrados, ovos, frutas, folhas, pequenas aves, répteis e roedores. Tem hábito diurno, pois depende do calor do sol para esquentar seu sangue. Para saber o sexo do bicho, basta olhar para a cabeça; o macho tem bochechas, ao contrário da fêmea.

Existem duas espécies no Brasil
No Brasil, há duas espécies de lagarto-teiú: Tupinambis teguixin, da Amazônia, e Tupinambis merianae, encontrado na Mata Atlântica e cerrado. Para proteger seus ovos (de 15 a 40 por gestação), os coloca em formigueiros e cupinzeiros para que fiquem seguros e na temperatura ideal para chocar.

O réptil sofre com o comércio ilegal e a perda do habitat natural. Invade fazendas e sítios com frequência em busca de alimento. Por isso, fazendeiros caçam o bicho para evitar prejuízo.

Bicho do Mês é uma coluna para divulgar as espécies de animais brasileiros, feita com a colaboração do educador ambiental Thiago Toshio Leite, do Zoológico de São Paulo.