Ontem à noite, a Rede Bandeirantes transmitiu o primeiro debate do ano promovido por uma TV aberta com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, mediado por Boris Casoy. Dos 11 prefeituráveis, participaram do encontro Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM), Paulo Maluf (PP), Soninha Francine (PPS), Renato Reichmann (PMN), Ciro Moura (PTC) e Ivan Valente (Psol).

Não estiveram presentes os candidatos do PRTB (Levy Fidelix), do PCO (Anaí Caproni) e do PCB (Edmilson Costa).

Com duas horas e meia de duração, o debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, a produção fez uma mesma pergunta para todos os participantes. O tema escolhido foi poluição.

No segundo e terceiro blocos, candidato perguntou para candidato. No quarto, a pergunta foi formulada pelos jornalistas convidados. A última parte foi dedicada às considerações finais dos candidatos.

Um dos temas que mais provocou reações foi Educação. Maluf atacou Alckmin dizendo que a Educação na sua gestão foi pior que a do Piauí. "Porque a progressão continuada que você instalou é passar o aluno por decreto", disse. Alckmin rebateu dizendo que a progressão foi adotada pelo PT, pelo secretário da então prefeita Luiza Erundina (PSB), o educador Paulo Freire. "E depois foi eleito o Paulo Maluf. Por que não acabou com a progressão continuada? Não entendi", defendeu-se.

Outro ponto tenso foi quanto à ficha suja dos candidatos. Kassab foi questionado sobre a postura de utilizar o dado negativo contra Marta, sendo que dias depois também apareceu na lista. O democrata se limitou a dizer que era favorável à transparência.

A Saúde também foi outro tema em evidência. Nesta área, Maluf chegou até a resgatar o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), adotado durante sua administração à frente da Prefeitura de São Paulo.