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Metamorfose ambulante de Bárbara Borges

Depois de papéis como a vilã Thaíssa, a atriz vive a conturbada disléxica Clarissa

Da TV Press
27/05/2008 | 07:00
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Bárbara Borges se orgulha de sempre fazer personagens densas na TV. Depois de papéis como a vilã Thaíssa, de Malhação, e a gay Jennifer, de Senhora do Destino, a atriz vive a conturbada disléxica Clarissa, em Duas Caras.

Assim que soube que faria a personagem com o distúrbio - cujos portadores não compreendem corretamente o que lêem -, Bárbara entrou em pânico. "Fui morrendo de vergonha para o dicionário procurar o que era dislexia", lembra.

A atriz de 29 anos, que estreou na TV no Xuxa Park em 1997, como Paquita, mantém a expressão tensa ao voltar às memórias de infância, quando teve problemas semelhantes à dislexia na escola. "Eu era desatenta, viajava muito. Mas, depois, soube que não era disléxica. As pessoas confundem. Também acham que os menos inteligentes são disléxicos", destaca Bárbara, que contou com o apoio da Associação Brasileira de Dislexia na composição.

No entanto, para Bárbara, o que mais surpreendeu durante a novela foi a abordagem do público sobre a relação tão cúmplice de Clarissa com a mãe. "Renata (Sorrah) se dedicou a me apoiar, foi muito gentil desde o início. Foi com ela que pude exercitar várias nuances com a personagem, como mostrar a meiguice e a coragem dela", valoriza a atriz.

Mas foi com a doce Jennifer que Bárbara começou a ganhar personagens mais instigantes na TV. A estudante, filha do bicheiro Giovanni Improtta, de José Wilker, se apaixonou pela amiga Eleonora, de Milla Christie em Senhora do Destino.

Bárbara, que no início temeu uma reação preconceituosa do público, terminou a trama celebrando a relação bem-sucedida das personagens. "No início, trabalhei na corda bamba. Depois, quando viram que elas se amavam, foram só elogios. Falamos sobre lesbianismo e a adoção de crianças por gays. Foi gratificante."

Foi justamente com a sensual Jennifer que Bárbara se rendeu às consecutivas investidas da revista Playboy para posar nua. "Quanto mais eu dizia não, desde Porto dos Milagres, mais subiam meu cachê, até ficar irrecusável. Só posei mesmo porque ainda não tinha estabilidade como atriz, como um contrato longo com a Globo. Minha mãe falava: 'faz, minha filha'", diz ela, uma adepta da musculação com personal.

Além da TV, um dos projetos da atriz era estrear no cinema, mas Bárbara não era escalada para testes para filmes. Até que conseguiu.

Em julho, a atriz estréia nos cinemas com Vingança, de Paulo Pons. No longa, Bárbara interpreta Camila, uma gaúcha noiva que é estuprada. E assim que terminarem as gravações da novela, Bárbara começa a filmar Casamento Brasileiro, de Fauzi Mansur. "Vai ser mais uma personagem forte. Adoro viver mulheres intensas. Sou meio rebelde mesmo, uma metamorfose ambulante", avisa.




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