O consumidor do Grande ABC precisa desembolsar R$ 6,03 a mais para adquirir a cesta básica com 34 produtos. Pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) apontou que na primeira semana do mês, o conjunto de alimentos custava R$ 331,60, hoje não sai por menos de R$ 337,63. A variação foi de 3,76%.

Apenas na primeira semana de junho não houve aumento no conjunto de produtos - quando o índice caiu 2,07%. Nas semanas seguintes, as altas foram de 3,02%, 0,19% e 0,55%, respectivamente.

No período entre os dias 22 e 28, o consumidor pagou R$ 1,83 a mais pelos 34 itens.

Na variação semanal dos produtos, 13 registraram alta, enquanto 18 apresentaram queda e três não sofreram alteração.

Entre os itens que registraram aumento, a carne foi destaque. Os preços do produto bovino de primeira (coxão mole, corte traseiro) subiram 10,06% nesta semana, e as carnes de segunda (cortes dianteiros) tiveram alta de 4,65%, custando em média R$ 13,66 e R$ 9,67 o kg, respectivamente.

"A alta dos preços era esperada, já que estamos no pico da entressafra, além disso, os preços da arroba no mercado futuro indicam altas consecutivas, sem previsão para quedas em curto prazo", explicou o engenheiro agrônomo responsável pela pesquisa da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

Em contrapartida, o leite, que há semanas registra altas consecutivas, apresentou recuo de 1,77% nesta semana, com preço médio de R$ 2,22 por litro.

"O preço nos supermercados está mais alto do que a matéria-prima está determinando, deveria custar em torno de R$ 1,80 para o consumidor. Representantes do setor temem redução no consumo, uma vez que apenas em 40 ou 50 dias, com a recuperação das pastagens, a produção deverá se normalizar", destacou o engenheiro.