A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), filiada à Força Sindical, decidiram unir forças pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

A campanha unificada foi decida ontem pelos presidentes das duas entidades Carlos Alberto Grana (CNM/CUT) e Eleno Bezerra (CNTM), com a aprovação das federações e sindicatos representados pelas duas federações.

O objetivo é montar um calendário de ações conjuntas em busca da redução da carga horária permitida por lei – hoje de 44 horas semanais –, com manifestações e paralisações com o intuito de pressionar o Congresso Nacional a discutir o tema.

Outras bandeiras que serão defendidas pelas duas confederações é a ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão sem justa causa. Segundo as entidades, a rotatividade no setor metalúrgico em 2007 ultrapassou 30%.

O calendário será divulgado ainda este mês, junto com o que será criado pelas centrais sindicais, que trabalham na campanha da redução desde o final do ano passado.

Neste ano, as centrais apresentaram um abaixo-assinado pela redução da jornada e esperam colher mais de 1 milhão de assinaturas até 1º de Maio. O documento foi sugerido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como instrumento de pressão ao Congresso para que a reivindicação seja analisada e votada.