A criação do Parque Tecnológico de Santo André ‘deu’ o segundo passo. Ontem, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do município protocolou o projeto no SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), gerido pelo governo estadual. “Esse foi o pontapé que precisávamos para transformar esse projeto em realidade. Na verdade, quando reativamos a Incubadora de Desenvolvimento nós nos mostramos interessados em atrair indústrias para a cidade, assim como pesquisa, tecnologia. Agora começa uma nova fase”, diz a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Oswana Fameli.

Desde 2003, o sistema estadual oferece apoio e suporte aos parques tecnológicos, com o objetivo de atrair investimentos e gerar novas empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica, que promovam o desenvolvimento econômico, científico e sustentável do Estado. “Entregamos toda a documentação atendendo à legislação para consolidar o empreendimento que será um grande marco para o desenvolvimento de nossa cidade”, cita Oswana.

Ela ainda não pode dar detalhes do investimento para a consolidação do parque (provenientes dos governos estadual e federal), mas reafirma que as áreas definidas para a construção do empreendimento ficam na Avenida dos Estados e no Campo Grande, no Parque Andreense, totalizando cerca de 200 mil m². A secretária explica que, a princípio, integrarão o empreendimento três grandes empresas e outras de menor porte. “Estamos na fase de identificar quem são essas empresas residentes, para depois pensarmos na implementação física.”

HISTÓRICO - Em agosto, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade projeto de lei que autoriza o Executivo a buscar recursos para a criação do parque tecnológico. O legislativo também aprovou – com 19 votos e duas abstenções – proposta de lei do Executivo que incentiva a busca de empresas com este perfil para a cidade. A iniciativa, que tramitava desde setembro, consolida o poder público municipal como agente do desenvolvimento científico e tecnológico.

O texto regulamentou o sistema de inovação da cidade e detalhou o papel das agências de fomento, instituições de apoio e incubadora de empresas. “Companhias com alta tecnologia empregam com maior valor agregado e possuem alto potencial de faturamento. Apoiar a inovação é dinamizar a competitividade de toda a cadeia produtiva do município. É importante demonstrarmos nosso interesse nesse tipo de atividade”, afirma a vice.