Qual campeã da Copa do Mundo e detentora dos títulos das últimas duas edições da Eurocopa, a Espanha chega à final como favorita ao título da Copa das Confederações, com futebol envolvente, principalmente por valorizar como poucos a posse de bola. Porém, o volante Luiz Gustavo diz que esse fator não significa vitória certa.

Ele recordou da goleada de seu clube, o Bayern de Munique, por 4 a 0 sobre o Barcelona, uma das base do time da Espanha, pela Liga dos Campeões. Naquela partida, a equipe catalã teve 66% de domínio de bola, mas foi goleada por 4 a 0.

“Estatísticas são apenas números. Neste ano na Liga dos Campeões vencemos o Barcelona, que é time com posse de bola monstruosa. Futebol se resulta em gols, é isso que vamos fazer. Conseguir o resultado positivo, fazer nosso jogo e segurar até o final”, explicou o volante.

Aliás, o confronto fez com que ele enfrentasse os principais jogadores da Espanha, Andrea Iniesta e Xavi Hernandez. Agora, ele será responsável mais uma vez pela marcação de ambos os jogadores.

“É difícil falar a forma que vou encontrar, mas vou me preparar bem, já joguei contra os dois. Sei a dificuldade, mas sei também que posso fazer isso de forma a ajudar nossa equipe”, disse o jogador, que explicou como os rivais jogam. “Xavi e Iniesta têm o respeito do mundo, todo cuidado é pouco. Xavi distribui mais o jogo e o Iniesta faz mais jogadas individuais. São dois jogadores perigosos que temos que ter cuidado.”

Ele também rechaçou a possibilidade de cansaço maior do lado espanhol, que jogou um dia depois do Brasil, na semifinal que terminou somente na cobrança de pênaltis, após tempo normal e prorrogação.
“O desgaste não conta muito, até porque a Espanha poupou todos os titulares em um jogo (goleada por 10 a 0 sobre o Taiti, ainda na primeira fase). Em final não tem essa de cansar, vai muito do coração, da vontade, e vamos ter de nos preparar muito, porque dentro de campo eles (espanhóis) não vão aliviar”, justificou.

Preterido, Jadson já pensa na Recopa

Sem muitas chances para atuar no time de Luiz Felipe Scolari, o meia Jadson parecejá estar com a cabeça no São Paulo e no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana, contra o Corinthians, quarta-feira, no Morumbi. Ele, inclusive, se diz pronto para partida, já que vem treinando normalmente com a Seleção Brasileira.

“Após a disputa da Copa das Confederações já estarei pronto para a nova decisão (da Recopa). Serão jogos importantes para nossa equipe, e torcida. Estou confiante de que faremos grandes atuações”, assegurou o atleta.
Ele até falou da expectativa de voltar a atuar no estádio tricolor. “O Morumbi é a minha casa. É lá que sinto vontade de atuar, e estou com muita vontade de jogar pelo São Paulo com arquibancadas lotadas. Espero que a torcida encha o Morumbi, porque com eles a nossa equipe fica ainda mais forte”, destacou.

Preterido por Scolari, que tem optado por Lucas e Bernard para entrar no segundo tempo, Jadson minimiza não ter tido chance na Copa das Confederações.

“É um grande privilégio por si só estar com a Seleção Brasileira. O grupo é forte e vem fazendo boa competição. Estou motivado, porque será a decisão mais importante na minha carreira”, ressaltou. (das Agências)

Thiago Silva e Paulinho são poupados de treinamento

A Seleção Brasileira teve dois desfalques no treinamento de ontem em São Januário: o volante Paulinho, gripado, e o zagueiro Thiago Silva, que recebeu pancada na partida contra o Uruguai e ficou apenas na academia. Ambos, porém, não devem ser problemas para a decisão.

Ontem, quem trabalhou mais foram os reservas, que realizaram treinos físicos e atividades técnicas em campo reduzido, comandados pelo técnico Luiz Felipe Scolari e Flávio Murtosa. Também capricharam nas cobranças de faltas, com grande aproveitamento. Já os titulares fizeram academia e depois apenas deram voltas no gramado.

No fim dos trabalhos, o presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, conversou com alguns jogadores e integrantes da comissão técnica, além de entregar uma camisa do clube carioca e uma garrafa de vinho.
Impedidos de entrar, os torcedores apenas ficaram do lado de fora, gritando os nomes dos jogadores. (das Agências)