Depois de três horas de reunião entre a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, e os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e José Viegas (Defesa), ficou decidido que o Exército deixará as ruas da capital fluminense na próxima semana, mas permanecerá de prontidão nos quartéis. Também ficou acertado que a União não intervirá no sistema de segurança do Rio e que será formada uma equipe integrada por representantes do governo federal e do Estado para discutir um plano emergencial para combater o crime organizado.

Rosinha ainda colocou o presídio de Bangu III à disposição do governo enquanto se discute a construção de cinco unidades prisionais federais no Estado. Em nota oficial lida pelo ministro da Justiça após a reunião, Thomaz Bastos informou também que a União manterá em funcionamento o Centro de Operações Integradas, instalado no Comando Militar Leste, e manterá as tropas do Exército "de sobreaviso para emprego emergencial".

Representantes dos governos federal e estadual voltam a se encontrar na próxima semana para acertar detalhes sobre a formação da equipe de montará um plano de emergência para combater a criminalidade no Rio de Janeiro.

A reunião deste sábado foi convocada por Rosinha e os ministros diante da onda de violência que tomou conta do Rio de Janeiro no dia 24 de fevereiro, quando dezenas de ônibus foram queimados, estabelecimentos comerciais foram depredadas e pessoas foram assaltadas. Desde então, as Forças Armadas fazem a segurança da população nas ruas da capital fluminense.

A autoria das ações criminosas foi atribuída ao traficante de drogas Fernandinho Beira-Mar. Como retaliação, o governo do Rio determinou a transferência dele para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior paulista, onde ele permanece isolado dos demais detentos e de qualquer contato com o mundo exterior, pelo menos durante o prazo de 30 dias.

Com informações da Agência Brasil