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Liderança de governo
deve ser negociada
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
05/01/2011 | 07:11
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A liderança do governo Luiz Marinho (PT) na Câmara de São Bernardo pode entrar no jogo para que a bancada de sustentação volte a ter maioria no Legislativo. Na eleição para a presidência da Casa, em dezembro, o bloco governista foi driblado por cinco vereadores que formaram aliança de centro e se juntaram à oposição para conquistar o comando da Câmara.

Assim, os governistas que eram em 13 ficaram em oito parlamentares. Sem maioria, o governo petista tem de colocar mais fichas na mesa para reaver a maioria. Uma delas, muito importante, é a liderança do Executivo na Casa, atualmente a cargo do vereador Tião Mateus (PT).

Em conversa com Luiz Marinho, o petista colocou a função à disposição para ser negociada com outros partidos e tentar atrair novamente os dissidentes de PPS (Otávio Manente e Marcelo Lima), PSB (Vandir Mognon e Pastor Ivanildo de Santana) e Estevão Camolesi (sem partido) para a sustentação.

 "É uma escolha da natureza do prefeito. Se ele optar por utilizar o cargo para compor a base, que ficou menor, tem nosso aval. O importante é voltarmos a ter maioria para aprovarmos os projetos benéficos à cidade", discorreu Tião.

Aliás, a atuação do líder do governo no processo de definição do novo presidente do Legislativo foi criticada por Marinho. O chefe do Executivo afirmou que Tião, candidato governista ao posto, já sentou na cadeira antes da hora. Com a manobra do bloco centrista e da oposição, a presidência ficou com o tucano Hiroyuki Minami.

 "O Marinho tem liberdade para convocar quem quiser para a liderança de governo, para defender os projetos do Executivo. Estou tranquilo se tiver de deixar a função porque sei que será para ajudar o time. Esse é o nosso papel", observou Tião.

Segundo o vereador, o prefeito está de férias e assim que voltar tomará atitudes para tentar dissolver o bloco de centro. As sessões retornam dia 2. Se a primeira plenária fosse hoje, Tião ainda seria o líder. "Não há prazo para resposta de Marinho (sobre se utilizará a liderança do governo na Casa para negociar).Ele planejará as ações quando voltar."

ZÉ FERREIRA

Ventila-se nos bastidores que outra medida de Marinho para fortalecer a base de sustentação na Câmara seria a volta de José Ferreira (PT) ao Legislativo. Ele deixou, a pedido do prefeito, a Casa no fim de 2009 para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.

A volta do petista daria musculatura às negociações com os adversários, já que a suplente Fátima Araújo (PT) é aliada fiel em votações, mas não tem habilidade de articulação. Zé Ferreira rechaça voltar agora à Câmara. "Voltarei no momento certo. Faltam dois anos para a eleição municipal. Estou cumprindo missão na área social, onde há muito a ser feito. E quando voltar ao Legislativo serei mais um, igual aos outros", salientou o secretário, ao frisar, no entanto, que "é um soldado do partido, subordinado a Marinho".




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