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Mesmo sem proposta, greve é descartada
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
12/11/2010 | 07:20
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A greve que seria iniciada hoje pelos metalúrgicos de Santo André e Mauá não foi votada pela categoria na assembleia realizada ontem. Os trabalhadores aprovaram, apenas, as propostas feitas aos cinco dos sete grupos da categoria (como reajuste salarial de 9%) e aguardam, mais uma vez, a iniciativa das empresas que não encaminharam contrapropostas - às cláusulas presentes na pauta da campanha salarial - em marcar reunião.

Segundo Cícero Firmino, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de ambas cidades, os trabalhadores têm "carta branca" para realizarem mobilizações até que as bancadas patronais aceitem negociar os itens reivindicados neste ano. "A partir de hoje podem haver paralisações nas fábricas e estamos apoiando os trabalhadores. Mesmo assim, algumas empresas do Grupo 10 e do Sindimotor, que não apresentaram propostas efetivas, já contataram o sindicato a fim de firmar acordo", antecipa.

Apesar de aprovar o reajuste salarial, a categoria, composta por 24 mil trabalhadores, acordou com o sindicato que, a partir de agora, as negociações continuam em cada empresa. "Vamos tentar aumentar esse reajuste e fixar um abono. Como o índice depende de empresa para empresa, assim como sua produção e estrutura, vamos negociar separadamente", disse Martinha.

Os cinco grupos conquistaram, além do reajuste, aumento no abono (que na maioria foi de 24%) e reajuste nos pisos salariais (que variam entre 10% a 14,47%, dependendo da companhia).

Para o presidente do sindicato, o aquecimento da economia, principalmente durante este ano, possibilita que as empresas tenham condições de melhorar as propostas aos seus trabalhadores. "As companhias estão batendo recordes em cima de recordes no quesito produção. E o trabalhador é peça fundamental para que haja essa conquista. Tanto é verdade que, conquistamos bons reajustes no que diz respeito aos abonos e pisos salariais", afirma.

Cada grupo é representado por um setor e um sindicato patronal, com quem são feitas as negociações. São eles: G-19-3 (autopeças, forjaria, parafusos), G-10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico), G-2 (máquinas e eletrônicos), Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Sindimotor (Sindicato das Empresas da Reparação e Retificação de Motores), fundição e Sindifup (funilaria e pintura).




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