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Chávez pensa em 'outras vias' para resgatar reféns das Farc
Por Da AFP
01/01/2008 | 16:30
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A missão Emmanuel para resgatar três reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foi suspensa de modo indeterminado depois que a guerrilha alegou falta de condições para a entrega, mas o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que a operação prosseguirá "por outras vias".

"Seguiremos esperando, não descartamos a possibilidade de que nos cheguem as coordenadas, pois temos um canal de comunicação. Nossos helicópteros estão lá e estarão lá, a menos que a Colômbia retire a permissão, disse Chávez nesta segunda-feira, após o aparente fracasso da missão.

Adiamento- Mais cedo, o presidente venezuelano leu em um programa de TV uma carta das Farc na qual os insurgentes informavam que não era impossível entregar os reféns por causa das intensas operações militares na região onde a operação aconteceria.

O grupo alegou que insistir na entrega, "nestas condições, seria colocar em grave risco a vida das pessoas a libertar, o restante dos prisioneiros de guerra e os guerrilheiros designados para cumprir esta missão".

As Farc aceitaram entregar a uma missão internacional coordenada pela Venezuela e sob a proteção da Cruz Vermelha Internacional a ex-candidata à vice-presidência colombiana Clara Rojas, seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro, e a ex-congressista colombiana Consuelo González.

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, viajou na segunda-feira à cidade de Villavicencio (ao sudeste de Bogotá) e negou de forma veemente a existência de operações militares. Ele chegou a mencionar a possibilidade de que o menino Emmanuel não estaria em poder das Farc, o que seria a causa da demora na entrega dos reféns.

De acordo com esta hipótese, a criança estaria em um orfanato de Bogotá. Uribe pediu exames de DNA a familiares de Clara Rojas para determinar se o menino em questão é realmente o filho da política.

Chávez se irritou com a insinuação e voltou a criticar o colega colombiano de "dinamitar" o processo. Diante deste cenário, os representantes internacionais de sete países, reunidos em Villavicencio para receber os reféns que as Farc libertariam, decidiram interromper a participação na operação.




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