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Professor inova com aulas em pontos turísticos da região

Alex da Gama leva alunos para praticar exercícios físicos em meio à natureza e belas paisagens

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
27/12/2020 | 00:01
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DGABC


Imagine fazer abdominais ou exercícios utilizando cordas navais nos históricos trens em Paranapiacaba, realizar flexões sobre os trilhos onde, por anos, turistas e mercadorias transitaram rumo ao Litoral ou ao Interior, se alongar à beira da Represa Billings ou então praticar corrida na estrada que levava à praia. Pois é o que um educador físico de Rio Grande da Serra propõe a seus alunos. Com a prática de atividade física em locais inusitados e turísticos, vem proporcionando saúde e também fazendo com que seus alunos conheçam série de locais espalhados pelo Grande ABC. A ideia surgiu durante a pandemia da Covid-19, com o fechamento de locais como academias. Assim, uniu o útil ao agradável e deu certo.

“Devido à pandemia, surgiu a ideia de fazer aulas diferenciadas dos padrões, na qual os alunos desfrutam de cenários inusitados sem precisar de muitos equipamentos, obtendo excelentes resultados. Isso gerou grande procura pelas aulas e os alunos têm bons resultados com a prática de atividade ao ar livre, trazendo benefícios físicos e mentais”, explicou Alex da Gama, formado em educação física. Atualmente, termina pós-graduação em treino de alto rendimento.

Com a experiência de trabalhar como professor do Estado, academias, condomínios e clubes – atualmente está também em uma instituição para idosos –, busca lugares que não só permitam a prática do esporte, como ofereçam belas paisagens. “Já levei em todos os pontos turísticos de Ribeirão Pires, Paranapiacaba, Rodovia Caminho do Mar (que leva à Estrada Velha) e outros, sempre deixando aos meus alunos uma mensagem de conscientização sobre a preservação, respeito e valorização ao meio ambiente”, declarou o educador físico, que revela ter em mente outros locais para levar os alunos, “agendando com os devidos órgãos responsáveis”, admitiu.

Os alunos de Alex contam que a ansiedade é grande antes mesmo de a aula começar. “A cada dia é uma nova expectativa, porque a gente não sabe para onde vai”, contou o barbeiro Gleidson Nascimento Santos, 24. “Estimula também a pensar: onde vai ser minha aula hoje?”, afirmou o dentista Alexandre Barcellos, 53.

Ambos dizem que o fato de o professor buscar lugares inusitados traz ânimo diferente. “A gente treina o corpo e a mente tendo contato com a natureza. É muito bom. Vem sendo um grande diferencial, serve de motivação. A gente treina se adaptando aos lugares, sem muitos equipamentos, usando mais o peso do próprio corpo e explorando a natureza”, disse Gleidson.

“Me vi na necessidade de praticar esporte por conta do sedentarismo. Sempre tive aversão às academias, então esse tipo de treino foi o ideal. A gente sai da rotina de treinamentos exaustivos num mesmo lugar. Exige poucos equipamentos, é fora de um local fechado e tem essa sacada de levar os alunos para conhecer pontos turísticos do Grande ABC”, explicou Alexandre, que conheceu, entre outros lugares, a trilha da Pedreira, em Rio Grande da Serra. “Com certeza estimula o contato direto com a natureza, respirando ar puro”, concluiu o dentista. 




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