Chegou a hora da recompensa. E nada melhor do que ajudar quem nos ajudou, certo? O deputado federal Vanderlei Siraque (PT-Santo André) seguiu à risca essa disposição e nomeou para seu gabinete Lílian de Oliveira Dias, caçula do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), e Carolina Ramalho Gallo, filha do vereador andreense Jurandir Gallo (PT). A lista de 21 cargos em comissão à disposição do parlamentar, seja para atuar em Brasília, seja para trabalhar no escritório no município do Grande ABC, foi divulgada ontem no site da transparência da Câmara Federal. Oswaldo e Gallo contribuíram na campanha de Siraque em 2010, rumo ao Congresso. Mas o petista conquistou a primeira suplência e assumiu o mandato somente em novembro. Além das nomeações de familiares de correligionários, o deputado tem defendido projeto que tramita na Casa desde 2007 - ainda não protocolou proposta desde que assumiu. A peça, de autoria do Palácio do Planalto, cria o Susp (Sistema Único de Segurança Pública) e pretende regulamentar artigos referentes ao tema na Constituição Federal de 1988.

Pesquisa

 Os pré-candidatos ao Paço de Diadema pela oposição, José Augusto da Silva Ramos (PSDB) e Lauro Michels (PV), estudam a possibilidade de aliança logo no primeiro turno da eleição. Naturalmente estariam juntos num hipotético segundo turno, mas avaliam se não é melhor antecipar esse processo. Eles farão pesquisa para observar a viabilidade do projeto. Resta saber quem encabeçará a chapa, já que no ano passado, quando ambos eram tucanos, brigaram justamente por esse espaço no partido. Por ironia do destino, podem estar juntos no pleito.

Função inóspita

 O nome do líder de governo Aidan Ravin (PTB), de Santo André, será definido amanhã. Donizete Pereira (PV) está interino na função e deve deixá-la porque seu partido não decidiu qual grupo defenderá na eleição. A procura é por um vereador de legenda aliada, mas está difícil alguém aceitar o desafio de defender a administração petebista.

Ficha Limpa

 A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Estadual que veda a nomeação de ficha suja em cargos públicos nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), no território paulista, será votada hoje na Assembleia. Segundo Orlando Morando (PSDB-São Bernardo), autor da propositura, sua peça é mais ampla do que o recente decreto do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que proíbe nomeação de comissionados condenados na Justiça por júri colegiado no Palácio dos Bandeirantes. "Meu projeto é mais amplo, pois abrange Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública."