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O cérebro precisa de férias?

Parte do sistema nervoso funciona 24 horas
sem parar, mas ‘pausas’ ajudam na saúde mental

Tauana Marin
Diário do Grande ABC
12/01/2020 | 07:00
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Divulgação


Tirar pequenos descansos ou férias é essencial para a saúde do cérebro. O órgão trabalha 24 horas por dia (inclusive durante o sono) para regularizar e manter o corpo vivo e precisa de certo período de folga para que o cortisol, como é conhecido o hormônio do estresse, atinja níveis mais baixos no organismo. Em altas taxas, ele prejudica o centro de aprendizado e de memória. Portanto, reduzir o estresse é essencial para turbinar o desempenho do cérebro.

Pequenos períodos de descanso ao longo dos 12 meses do ano são benéficos ao complexo órgão localizado dentro da cabeça das pessoas. Como as férias escolares são ‘quebradas’ em diferentes etapas ao longo da temporada, beneficia melhor os estudantes.

O cérebro humano não foi projetado para prestar atenção por longos períodos, por isso ele precisa não apenas de pausas frequentes durante o dia, mas também de tempo longe da escola, do trabalho e da agitação do cotidiano com frequência para se revitalizar e renovar.

No dia a dia, é indicado fazer pausas quando já se passaram mais de 50 minutos de esforço mental focado em uma ação. Não se deve ultrapassar 90 minutos de atividades. O tempo de inatividade reabastece suas reservas de atenção e motivação e estimula a produtividade e a criatividade do indivíduo. As pausas para relaxar são essenciais para alcançar altos níveis de desempenho e simplesmente formar memórias estáveis na vida cotidiana. Vale lembrar que, durante os ‘descansos’, ele continua a se preocupar com tarefas mais simples, mas igualmente importantes.

Atividades como a leitura (ferramenta poderosa para o desenvolvimento das funções cognitivas, como a concentração, a atenção e a memória operacional) e exercícios físicos são aliados no processo de manutenção da saúde do cérebro. Estudo realizado por cientistas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade de Tsukuba, no Japão, mostrou impactos positivos no desenvolvimento do órgão com práticas esportivas leves. Bastam dez minutos diários para que algumas estruturas cerebrais (responsáveis pela memória e aprimorar funções neuronais ligadas à aprendizagem) sejam turbinadas e reflitam em bons desempenhos intelectuais em futuro próximo.

Quando uma região do órgão é danificada, outra parte pode aprender a exercer a mesma função que era realizada.

Uma soneca de até dez minutos pode melhorar o estado de alerta da mente por até três horas. A curta duração do descanso não interfere no sono regular.

Consultoria de Solange Jacob, diretora acadêmica nacional da Supera, empresa de ginástica para o cérebro e cientista social com foco em educação pela Universidade de Madri/Flacso (Argentina). 




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