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Canto da cidade

Coro de Santo André celebra dez anos de história e busca valorização da arte

Vanessa Soares
07/10/2018 | 07:16
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Divulgação


Já se passaram dez anos desde que o Coro da Cidade de Santo André começou a entoar pelos quatro cantos do País repertório sinfônico com alto nível artístico, incomum a este tipo de formação, e muita seriedade. Prova disso são prêmios que o grupo já conquistou, como o tradicional concurso de coros do Clube Transatlântico de São Paulo, em 2011, com unanimidade de júri, e diversos convites para apresentação em locais consagrados como a Sala São Paulo, Auditório do Ibirapuera, além de parceria com orquestras diversas, como a Filarmônica Bachiana Sesi e maestro João Carlos Martins, Sinfônica da USP (Universidade de São Paulo), entre outras, como conta, orgulhoso, o jovem maestro e diretor artístico do Coro, Roberto Ondei, 37 anos, integrante e idealizador do projeto. “Representamos nossa região. Precisamos valorizar o que temos aqui.”

O grupo é composto por 50 integrantes, em sua maioria munícipes de Santo André, além de moradores do Grande ABC e da Região Metropolitana de São Paulo. E, em busca de maior valorização, coristas, ex-integrantes, formadores de opinião que apreciam o projeto, entre outros, criaram agora, formalmente, a associação do Coro de Santo André. “Queremos viabilizar nossos projetos. É uma ferramente que permite dar continuidade no trabalho”, explica Ondei.

Além disso, o especialista das batutas ressalta que a iniciativa de criar a associação facilitar o diálogo com a Prefeitura de Santo André, uma vez que a verba destinada para o projeto – cerca de R$ 130 mil por ano – foi cortada desde o início do ano e eles seguem em negociação com a municipalidade. Apesar disso, os ensaios, realizados três vezes por semana, seguem no Teatro Municipal.

Criado em 2008 com apoio da iniciativa privada, em 2009 o Coro se tornou parte integrante da Orquestra Sinfônica de Santo André, passando, assim, a receber o subsídio até o início de 2018.

De acordo com a Prefeitura, a verba foi cortada porque o Coro é uma associação de caráter privado, diferentemente do corpo estável da Prefeitura, como, por exemplo, a Orquestra Sinfônica. “Ressaltamos que somente no mês de setembro de 2018 é que o Coro da Cidade de Santo André se formalizou legalmente, com a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Dessa forma, passou a ter a mesma condição de outras entidades culturais privadas da cidade, podendo, assim, ter acesso aos recursos públicos municipais através de convocatórias ou editais, seguindo política acordada com o Conselho Municipal de Políticas Culturais. Em 2019, além da reedição das convocatórias já realizadas em 2018, serão abertas outras voltadas para o estímulo de práticas coletivas, projetos coletivos descentralizados, formação de redes, formação em gestão e produção cultural, estímulo à produção simbólica e artística utilizando recursos do Fundo Municipal de Cultura, oportunidade em que o Coro da Cidade de Santo André, já constituído legalmente, poderá participar”, foi relatado em nota.

NATAL ESPECIAL
Apesar da falta de verba atrapalhar o ano de comemorações pelos dez anos de existência – o aniversário foi em março –, o Coro da Cidade tenta viabilizar junto a comunidades do Grande ABC o Natal das Nações. A ideia é preparar repertório com músicas de diversos países, além de experiência gastronômica.




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