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Doria lança candidatura a governador e prega união

Prefeito de S.Paulo confirma pré-projeto ao Estado e diz querer falar com Aníbal, D’Ávila e Pesaro

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
13/03/2018 | 07:00
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Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil


O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), aceitou ontem a indicação feita por integrantes do partido para lançar candidatura a governador e adotou discurso de união partidária para a corrida eleitoral.

Em evento realizado no diretório estadual da sigla, foi entregue carta com 1.791 assinaturas de delegados para a indicação, o que corresponde a quase 50% do total de votantes nas prévias marcadas para os dias 18 e 25 de março.

Durante seu discurso, no qual afirmou a disposição de disputar a indicação do partido ao Palácio dos Bandeirantes, Doria fez acenos aos outros tucanos que estão na corrida interna, casos do secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, do suplente de senador José Aníbal e do empresário Luiz Felipe D’Ávila.

“Quero convidar o Aníbal, Floriano e o D’Ávila porque todos precisamos estar juntos para uma vitória, que não é individual, é coletiva. Nós vamos fazer campanha vitoriosa, para fazer jus àquilo que o PSDB fez ao Estado, com transformações, que passaram pelo juízo popular e tiveram governantes que foram corretos e honestos. Não há razão para tucanos baterem em tucanos. Vocês sabem que o adversário não está no PSDB, está fora do PSDB”, destacou.

Em entrevista a jornalistas, realizada após o anúncio, João Doria pontuou que não enxerga objeções à candidatura do vice-governador Márcio França (PSB). “Tenho respeito por ele, que será governador em poucas semanas. É um homem sério, dedicado e fará uma disputa elevada para o Estado. O grande adversário de São Paulo e do Brasil é o PT. Juntos poderemos fazer melhor, que é eleger (o governador) Geraldo Alckmin (à Presidência da República). Não quero que meus filhos tenham ao fim de uma eleição, no segundo turno, uma disputa entre a extrema-direita e a extrema-esquerda. Alckmin é um candidato de centro, sereno e a decisão das eleições se dará em São Paulo”, analisou.

Por fim, Doria admitiu que o PSD deve indicar o vice na chapa do PSDB, mas evitou cravar o nome do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, para o posto. “Houve um acordo entre os partidos. O PSD tem grandes nomes, como Guilherme Afif Domingos (presidente do Sebrae) e Alda Marco Antonio (ex-vice-prefeita), que são outros bons nomes. A decisão será tomada juntamente com o governador e com o Kassab”, ponderou.

O lançamento da candidatura de Doria teve as presenças do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Cauê Macris, do presidente estadual do PSDB, parlamentar Pedro Tobias, do deputado federal Ricardo Tripoli e dos prefeitos de Barueri, Rubens Furlan, de Itanhaém, Marco Aurélio, e de São Bernardo, Orlando Morando, além de vereadores.

Para o chefe do Executivo de São Bernardo, a movimentação em torno do nome de João Doria se deu após mobilização da militância. “Indiscutivelmente ele é o melhor nome para disputar o Estado e para ajudar o Alckmin. O Doria não assinou a lista de apoio dos delegados e não pediu para ser candidato. Quem está na vida pública pode ser chamado ao desafio e ele aceitou o desafio”, definiu. 




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