A história poética e erótica de amor entre faxineira muda e criatura aquática conquistou a Academia. A Forma da Água foi escolhido o melhor filme do ano durante a 90ª edição do Oscar, no domingo. O longa, que havia sido indicado em 13 categorias, também rendeu ao mexicano Guillermo Del Toro a estatueta de melhor diretor, além de ter vencido trilha sonora e design de produção.

No discurso de agradecimento, Del Toro enfatizou o orgulho de ser imigrante e lembrou do polêmico muro que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer construir na fronteira com o México. Ele disse: “(…) o melhor que a arte faz, e que a nossa indústria faz, é apagar as linhas na areia”. A Forma da Água está em cartaz no Grand Plaza, em Santo André, Golden Square, em São Bernardo, e ParkShopping, em São Caetano.

O México, aliás, esteve em evidência. Favorita, a animação Viva – A Vida é Uma Festa, cuja temática é La Festa dos Muertos, faturou os dois prêmios aos quais foi lembrada: melhor animação e canção original (Remember Me). As demais estatuetas foram distribuídas de forma bem equilibrada.

INTERPRETAÇÕES
Outros grandes momentos da noite foram protagonizados por Gary Oldman, que levou como melhor ator ao ficar irreconhecível no papel de Winston Churchill em O Destino de Uma Nação, e Frances McDormand, melhor atriz por sua interpretação em Três Anúncios para Um Crime. No discurso, McDorman pediu para que todas as mulheres indicadas da noite se levantassem e, assim, fossem aplaudidas por seus trabalhos.