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Casas Bahia prevê ambiente econômico favorável em 2006
Por Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
31/08/2005 | 08:57
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A crise política e a instabilidade econômica não afetarão as vendas do varejo no país. Pelo contrário. O crescimento do CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e a expansão dos empréstimos consignados farão de 2005 um dos melhores da história para o comércio. E o clima de otimismo permanecerá em 2006, sustentado pelo aumento das vendas, decorrência de eleições e Copa do Mundo, eventos que injetam maior quantidade de dinheiro no mercado e ampliam as vendas de eletroeletrônicos em até 60%.

A avaliação é do diretor-executivo da Casas Bahia, Michael Klein. Em entrevista ao Diário – durante inauguração da loja número 463 da rede, em São Caetano, berço da empresa e sede administrativa da rede – Klein garantiu que o varejo está isolado das questões que tumultuam a capital federal. "É preciso enxergar mais longe. O momento é favorável, principalmente pela aproximação de ano eleitoral e de Copa do Mundo. Juros sinalizando queda e dólar barato, que reduz os preços de componentes eletrônicos, completam esse cenário promissor."

Sob o comando dele, a maior rede varejista do país atingiu no ano passado faturamento recorde de R$ 9 bilhões – a previsão é fechar o ano com R$ 12 bilhões e faturar em 2006 R$ 15 bilhões. Os números de geração de empregos não ficam atrás: a empresa mantém quase 40 mil funcionários em oito Estados. Em 2003, eram 15 mil.

A rede é quinta no ranking Quem é Quem no Grande ABC 2005, do Diário, e a única do setor de comércio entre as 13 maiores empresas da região em faturamento. Todas as demais são indústrias.

Klein afirma que a Casas Bahia já definiu o orçamento do próximo ano baseada na expectativa de faturamento de R$ 15 bilhões. "Fizemos as contas sem fazer qualquer correlação com a situação política. Não importa se há caixa um, dois ou três. Entramos num ritmo de expansão, desde o ano passado, que não me faz esperar salto menor que R$ 3 bilhões ao ano."

A euforia do varejo, segundo Klein, está ancorada no fato de a economia continuar apresentando crescimento forte e constante. "As indústrias pararam as máquinas? De jeito nenhum. Os agricultores deixaram de plantar cana-de-açúcar, soja ou milho? Claro que não. E é isso que nos estimula a fazer previsões de crescimento", afirma.




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