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Marido confessa ter matado esposa
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
05/05/2007 | 07:09
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O ex-dono do lava-rápido Tigrão, José Albino de Jesus Barbosa, 49 anos, confessou sexta-feira ter assassinado a esposa Lindinalva Bezerra da Silva, 33, no último dia 27. O casal morava no bairro Oswaldo Cruz, em São Caetano.

Desde o dia do crime Lindinalva estava desaparecida. Ela foi morta com um golpe na cabeça e o corpo encontrado na manhã de quinta-feira às margens da represa Billings, em Ribeirão Pires.

Amarrado ao abdome da vítima havia um travesseiro e uma pedra de cerca de 5kg. A cabeça estava coberta com um saco plástico e o corpo – encontrado por um barqueiro – envolvido em um cobertor.

De acordo com o delegado titular de Ribeirão Pires, Augusto Farias, Barbosa disse em seu depoimento que no dia do crime discutiu com a esposa e que ela se debruçou em uma janela da residência do casal, caiu e bateu a cabeça. “Ele disse que, com a queda, a vítima ficou muito ferida na cabeça e que, se ela morresse, seria acusado. Então, decidiu colocar o corpo no carro dele (um Chevette) e jogá-lo na represa. Ele alega que a esposa bateu a cabeça, mas o laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que a morte foi por asfixia.”

Barbosa está detido desde quinta-feira à tarde, ocasião em que teve prisão temporária decretada por 30 dias. “Como ele já confessou, podemos pedir a definitiva”, disse Farias. O acusado pode pegar pena de até 30 anos. A reconstituição do crime deve ocorrer na próxima semana.

Um dia após o crime, o acusado foi ao 1º DP de São Caetano registrar o desaparecimento da esposa. Na ocasião, Barbosa disse que na manhã do dia 27 a deixou na estação de trem da cidade, pois Lindinalva ia para a casa de familiares, em Mauá. Relatou ainda que à noite iria buscá-la, mas que ela não apareceu por lá. Disse também que o último contato da vítima com a família teria sido às 9h. Naquele horário, a vítima teria ligado para casa e falado com um dos filhos.

Assim que o corpo foi encontrado, os policiais que investigam o caso desconfiaram que Barbosa estava mentindo. É que a vítima vestia apenas roupa de dormir: uma camiseta e um short. Familiares de Lindinalva suspeitam que a morte esteja ligada à partilha de bens.

Conforme o Diário antecipou sexta-feira, Barbosa havia comprado uma casa em Santo André e, segundo uma irmã de Lindinalva, que pediu para não ser citada, o empresário não queria colocar o imóvel no nome dela, nem incluir os dois filhos do primeiro relacionamento da vítima – dois meninos, um de 9 e outro de 10 anos.

Barbosa também teria vendido o lava-rápido em São Caetano para montar um outro comércio, em Santo André. O casal estava junto havia seis anos e tinha outros dois filhos, uma menina de 2 e um menino de 4 anos.




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