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Com apoio de Atila, Vanessa disputará a federal em 2018

Deputada abriu mão de candidatura ao Paço de Mauá por adesão a projeto do socialista; em troca, teria aval de eventual governo

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/03/2016 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC



Renúncia à candidatura ao Paço de Mauá neste ano renderá à deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) apoio irrestrito do também parlamentar paulista Atila Jacomussi (PSB) para ser candidata à Câmara Federal, na eleição de 2018. O acordo foi condicionado à adesão da peemedebista ao projeto de Atila de disputar a sucessão do prefeito Donisete Braga (PT), em outubro.

Caso ele seja eleito neste ano, Vanessa seria candidata oficial do eventual governo do socialista para tentar cadeira em Brasília daqui dois anos. A aliança selada pela dupla também poderia surtir efeito até para a eleição municipal de 2020. Se vencesse o pleito de outubro, com o possível fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos – a medida já foi aprovada na Câmara e agora tramita no Senado –, Atila não teria condições de brigar pela manutenção do eventual mandato, o que poderia beneficiar Vanessa na escolha interna do sucessor do socialista.

“Existe compromisso (com Vanessa) para futuro projeto da Vanessa em ser candidata a deputada federal. Faz anos que Mauá não elege diretamente um representante da cidade para a Câmara dos Deputados e seria importante para a cidade, que conseguiria investimentos (junto ao governo federal) com mais facilidade”, confirmou Atila, sem comentar sobre pleitos futuros.

Vanessa ponderou que eventual candidatura a deputada federal ainda não está “100% definida”, mas que “existe grande tendência” em brigar por cadeira na Câmara Federal em 2018. “Ainda precisamos discutir esse projeto com nosso grupo, nossos apoiadores. Não decidi ainda qual o melhor caminho, se é continuar a disputar como estadual ou tentar federal”, frisou a peemedebista. Tanto Vanessa quanto Atila alegaram não terem batido o martelo sobre quem assumiria o espólio eleitoral dos dois na briga por vaga na Assembleia Legislativa, caso o socialista triunfasse na corrida pela Prefeitura e a parlamentar garantisse mandato em Brasília.

HISTÓRICO
Em toda a história, Mauá só possuiu três representantes da cidade com mandato na Câmara dos Deputados, sendo apenas um deles eleito. Antes de assumir o Paço, em 1993, José Carlos Grecco (PMDB) foi deputado federal constituinte, entre 1987 e 1991. Os outros dois, o hoje vereador Wagner Rubinelli (PT) e o ex-vice-prefeito Helcio Silva (PT), herdaram cadeira em Brasília durante a legislatura. Em 2003, Rubinelli era segundo suplente do PT e assumiu uma das vagas deixadas por José Dirceu e Ricardo Berzoini, que foram alçados como ministros do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2006, tentou estender o mandato, mas não obteve sucesso.

Já Helcio renunciou ao cargo de vice-prefeito, em 2013, para herdar cadeira do então deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que renunciou ao posto após ter sido condenado à prisão por envolvimento no caso do Mensalão. Helcio também tentou renovar o mandato, em 2014, sem êxito. 




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