Artigo

A escassez hídrica que atingiu São Paulo e o perigo das doenças transmitidas por vetores que se reproduzem na água precisam ser motivos de reflexão neste Dia Mundial da Água. Se o saneamento básico é direito de todos e os gestores públicos têm o dever de garantir o fornecimento de água e o tratamento de esgoto, cabe a toda a sociedade o cuidado diário com o recurso hídrico. Os avanços no setor dependem de vultosos recursos. Estimativas apontam que, para universalizar os serviços até 2033 (meta do Plano Nacional de Saneamento Básico), seriam necessários R$ 15,2 bilhões anuais.

Mas tanto investimento não será completamente eficiente se não vier acompanhado da melhoria de hábitos e atitudes cotidianos que agridem o meio ambiente e ameaçam a qualidade da água. Exemplo clássico é o descarte de lixo e esgoto na via pública, que contribui com a poluição dos cursos d’água, aumentando os custos de tratamento da água e do esgoto, além de dificultar os serviços de drenagem ao provocar obstrução de redes pluviais.

Outra atitude que depende do cidadão é a ligação dos imóveis às redes adequadas de esgoto e de chuva. Quando dejetos são despejados nas redes pluviais, por exemplo, eles seguem para os córregos, causando mais poluição. É fundamental ainda que a população evite o desperdício da água, lembrando que este é recurso finito e escasso na maior parte do planeta. Em Santo André, cada habitante consome cerca de 150 litros de água por dia, volume acima dos 110 litros preconizados pela Organização das Nações Unidas.

Planejar ações é fundamental. Os municípios e Estados têm, segundo a Lei Federal 11.445/2007, a obrigação de trabalhar com planos de saneamento básico. O cidadão precisa cobrar das autoridades a sua execução.

Santo André, por meio do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), apresentou o seu Plano Municipal de Saneamento em 2013 e, graças a ele, tem garantido recursos federais para a ampliação e melhoria de redes de esgoto, água e drenagem. Desde a década de 1990, no entanto, planos setoriais conduziam as ações de saneamento do município.

A cidade já tem garantido o fornecimento de água potável para 100% de seus moradores e 96% de sua área urbana são servidos por rede de esgoto, sendo 45% dos efluentes destinados ao tratamento. O Semasa trabalha agora para atingir 100% do tratamento de esgoto em 2022 e busca aperfeiçoar o sistema municipal de abastecimento de água, combatendo perdas na distribuição e ampliando a produção dentro dos limites da cidade.

Sebastião Ney Vaz Jr é superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

Palavra do leitor

Marinho
O aumento salarial pedido pelo prefeito de São Bernardo é legal, mas (muito) imoral (Política, ontem). Além do valor fora da nossa realidade (mais de R$ 30 mil), ainda tem o fato de aumentar para mais de R$ 15 mil o salário do vice-prefeito, que nunca vemos na cidade. Os secretários municipais também serão beneficiados, com vencimentos de quase R$ 23 mil, incluindo a primeira-dama, nomeada pelo próprio marido ao cargo. O Brasil em recesso e o casal Marinho e Nilza ganhando R$ 53 mil, ou mais de R$ 1.700 por dia, maior que o vencimento mensal de muitas pessoas em nosso País!
Rubens Pacheco
São Bernardo

Nada satisfeitos
Nos protestos do dia 13, o governador apareceu em meio à multidão e disse que o povo tem que lutar pelo seu futuro e que apoiava a iniciativa na manifestação. Agora, pergunto ao tucano que futuro ele está reservando para São Paulo? CPTM e Metrô a R$ 3,80? Pedágios aos montes, com preços que esfolam nossos bolsos e nossa dignidade? Aumentou o próprio salário e de seus secretários, enquanto destina salário de fome para professores e demais funcionários. Auxílio-alimentação no valor de R$ 8? Gostei muito das vaias que ele o seu amigo Aécio Neves receberam, pois, apesar de não serem do PT, não se importam com a população. Dilma, Lula e cia podem estar acabando com o País, mas a parcela de culpa desses tucanos é enorme. Por isso, em nome da população que pertence ao partido chamado Brasil, peço que vocês se coloquem em seus lugares e não pensem que a oposição tem nossa simpatia. Deveriam dar-se por satisfeitos por ainda não pedirem as suas cabeças, também.
Carlos Alberto Oliveira
Santo André

Imasf
Tenho plano de assistência médica Imasf Style CE, da GreenLine, dos funcionários públicos da Prefeitura de São Bernardo. Gostaria de saber o que devo fazer com este plano, pois ultimamente não atende mais nada. A Prefeitura, responsável pelo convênio médico dos funcionários, contratou essa empresa há aproximadamente cinco anos, e o atendimento sempre foi precário e tem sido de péssima qualidade. Até hoje nada mudou! Dia 10, fiquei exatamente uma hora no telefone com funcionários da GreenLine para trocar guia e tentar marcar alguns exames para minha mulher. Não se faz os exames com prazo inferior a um mês. Para completar, moro em Santo André, com difícil acesso para São Caetano, e preciso fazer os exames mapa e holter e retornar ao local para tirar os aparelhos médicos. Tenho retorno no fim do mês e não consigo fazer os exames da minha mulher. Os funcionários não conseguem nem me informar onde os faço, se em Santo André ou São Bernardo. Peço ao Imasf providências, pois há anos esse convênio é fruto de reclamações dos funcionários e do Sindicato dos Funcionários Públicos de São Bernardo, o SindservSBC.
Valdemar Aparecido de Toledo
Santo André

Grave
O momento é muito grave. Se quando o Brasil precisa de nós, não respondemos, quando nós precisarmos dele, não responderá, por estar tomado por gente da pior espécie nos (des)governando.
Cláudio Szulcsewski
Capital

Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes atirou e acertou o que viu, mas acertou também no que não viu. Com o cancelamento da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, Gilmar Mendes prestou outro inestimável serviço ao nosso País, impedindo que Lula, no bojo da reforma ministerial que promoveria, trouxesse de volta ao comando de ministérios as nefastas figuras de Franklin Martins e Celso Amorim.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro

Ramalhão
Lamentável o comportamento dos jogadores do Santo André.Corre boato de que quem paga o salário deles são seus empresários, que usam o Santo André como espécie de outdoor, mas que, na verdade, é prateleira para estocar esses pernas de pau que a diretoria aceitou que colocassem no time. Se isso for verdade, esses elementos estão enganando a eles mesmos, pois nenhum diretor em sã conciência vai contratá-los com o que eles estão jogando. E faz todo sentido isso, pois todo ano fazem pré-temporada com 25 jogadores e depois não para de chegar gente para ‘pegar xepa’. Se algum deles conseguir fazer teste em time grande, será reprovado até no exame de fezes.
Donizete Ap. de Souza
Ribeirão Pires