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A rede social dos 140 caracteres comemorou dez anos ontem...

Carlos Ferrari
22/03/2016 | 07:00
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A rede social dos 140 caracteres comemorou dez anos ontem. Em meio a troca de executivos, debates intensos sobre possibilidades de melhores e maiores alternativas de monetização e fantasmas eternos dando conta da chegada de um inevitável fim, o fato concreto é que o Twitter segue firme e forte, com centenas de milhões de usuários em todo o mundo. Neste texto, que ganha como título uma declaração pública de amor, pretendo compartilhar com vocês alguns motivos que fazem desta rede, para mim, um dos espaços mais bacanas para o convívio e interação social no ambiente virtual.

Comecemos falando da capacidade inigualável de funcionar como segunda tela. Quem é usuário do Twitter ressignificou, ao longo desta década, o jeito de assistir TV. Momentos como a derrota do Brasil para a Alemanha, o último capítulo da novela Avenida Brasil ou mesmo a final de reality shows como MasterChef mostraram a potência da ferramenta e a grande capacidade de estímulo ao compartilhamento de ideias bem-humoradas e criativas. A limitação de números de caracteres desafia a quem quer se posicionar, convidando para dizer muito com pouco, o que de cara não abre margem para rodeios ou grandes explicações. É óbvio que nem tudo são flores e muitas vezes o bom humor acaba dando espaço para postagens ácidas, com efeitos muitas vezes catastróficos.

O Twitter também se consolidou como um solo fértil para a afirmação de identidade de grandes personalidades. Muitas, inclusive ganharam um corpo, por meio de posicionamentos fake, isto é, quem postava não eram os verdadeiros personagens que se apresentavam.

Exemplo disso é a atriz Luana Piovanni, que em entrevista ao escritor Fabrício Carpinejar em seu programa de TV A máquina disse ter removido a conta do Twitter e, mesmo assim, sabia que havia outros perfis com milhares de seguidores acreditando que as ideias lançadas na rede ainda eram dela.

Por outro lado, o padre Fábio de Melo, o apresentador Wiliam Bonner, o jornalista esportivo Milton Neves, entre tantos outros, misturam posts de suas atividades profissionais com tantos outros baseados em visões e fazeres do cotidiano, criando vínculo de proximidade com os seguidores muito maior e mais intenso que os construídos até então.

Diferentemente do Facebook, no Twiter não cabem polêmicas extensas e talvez por isso a ironia e o bom-humor acabam sendo bem mais presentes que o ódio e o linchamento público. O advento das hashtags também fez do Twitter uma poderosa ferramenta para campanhas relacionadas às mais diferentes bandeiras. Assim, não é incomum se deparar com posts na timeline, ávidos por retwitts e comentários, visto que chegar ao top trade da plataforma acaba sendo quase que uma certificação pública de relevância e engajamento coletivo.

Na Primavera Árabe, nas grandes mobilizações brasileiras de 2013 e mesmo agora, em meio ao conturbado contexto político do País, o Twitter firma-se como sendo o grande megafone de formadores de opinião, assegurando ambiente de total imparcialidade e democratização política.

Por lá você encontra o papa Francisco, o CEO da Apple, a presidenta do Brasil, o presidente dos Estados Unidos e milhares de personalidades que vez ou outra acabam chacoalhando as estruturas a partir de algum post bombástico. Vejam que a notícia chega sem qualquer espécie de mediação ou tratamento, o que caracteriza o Twitter como uma ponte facilitadora de diálogos. Com frequência vemos amigos insatisfeitos denunciando determinadas marcas que, logo em seguida, respondem, fazendo do restante dos seguidores testemunhas de um bom ou mau atendimento.

Se você ainda não tem uma conta no Twitter, vale a pena dar uma espiada por lá. Isso pode ser feito por meio de um PC ou mesmo a partir da instalação de aplicativos em um smartphone. 

No mundo onde imagens e vídeos ganham cada vez mais a preferência do grande público, o Twitter continua marcando terreno como rede social que privilegia as palavras e as ideias. Caso você decida experimentar, não deixe de me adicionar, basta pesquisar pela conta @blogdoferrari. #ficaadica 

* Carlos Ferrari é presidente da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), faz parte da diretoria executiva da ONCB (Organização Nacional de Cegos do Brasil) e é atual integrante do CNS (Conselho Nacional de Saúde). 




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