Vereadores governistas em São Caetano têm quebrado a cabeça para encontrar saída às prováveis mudanças de apoio partidário para a eleição municipal de outubro. Pelo menos cinco parlamentares, do PSB e do PSD, buscam alternativa para seguir com o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) no pleito e garantir a reeleição na Casa mesmo migrando para siglas nanicas que apoiarão o peemedebista.

Tanto a legenda socialista quando a pessedista, ambas atuais aliadas do governo Pinheiro, tendem a integrar projeto oposicionista, a ser liderado pelo ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). Com a alteração, governistas veem a possibilidade de reeleição ser dizimada se disputarem o páreo local por outra legenda, uma vez que o PMDB e o PTB já têm parlamentares disputando o pleito e outros candidatos com grande potencial de votos. A briga por cadeira ficaria acirrada nos partidos. Outras legendas que devem compor o arco de alianças do prefeito, como o DEM, PP, PRB, PRP, PSL, PCdoB e PPL, porém, são vistas com cautela, uma vez que essas siglas não contam com quadros com chances de vitória e que potencializem o resultado eleitoral da agremiação.

No time do PSB, pelo menos dois vereadores já têm destino praticamente certo: Maurício Fernandes se filiará no DEM e Severo Neto – licenciado para comandar a Secretaria de Esportes –, no PRB. Já Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria, presidente da comissão provisória do PSB na cidade, bate cabeça para definir o futuro. A provável ida do deputado federal Alex Manente (hoje no PPS) para a sigla socialista empurrará o partido para a base de Auricchio.

No PSD, os parlamentares Magali Selva Pinto e Fábio Soares também estudam migrar para o PMDB e PTB, respectivamente. A legenda definiu na semana passada que deixará o barco de Pinheiro para apoiar o projeto de retorno do ex-prefeito tucano ao Palácio da Cerâmica.

Outro motivo que tem deixado governistas atônitos são as coligações para a disputa por vaga na Câmara que garanta-os a reeleição.