O Cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo, segue sendo alvo de criminosos. Mesmo após a instalação de três câmeras de segurança por parte da Prefeitura de São Bernardo no local em janeiro, famílias revelam o furto de itens como placas e vasos de bronze.

O Diário vem denunciando furtos no local constantemente. A última reportagem foi realizada em setembro, quando dezenas de túmulos estavam sem placa de proteção, levadas por criminosos. O local conta com 5.000 jazigos, entre eles o de personalidades importantes, como das famílias Sabatini, Pinotti, Demarchi e Setti.

O bisneto de Italo Setti, Vicente Carlos D''Ângelo, 73 anos, reclama do roubo de uma estátua de um anjo de bronze e um vaso, feito do mesmo material. “Como este cemitério é tombado, liguei para o setor de patrimônio da cidade. Questionei sobre as providências, e fui informado que foi feita ocorrência na Guarda Civil Municipal, e nada mais. O problema é que ninguém parece se importar com o fato do roubo e pensar na recuperação destes artigos.”

Agentes da GCM prenderam, em flagrante, suspeito de roubar uma imagem de bronze do Sagrado Coração de Jesus de 1,40 metro e avaliada em R$ 28 mil, na última semana. O destino dos criminosos era um desmanche no bairro Sacadura Cabral, em Santo André.

Outra que também lamenta a situação é a terapeuta Celina Battistini, 58. O túmulo da avó da moradora de São Bernardo também teve uma estátua roubada no fim de outubro. “Fui ao cemitério com a minha mãe, que tem 87 anos e, quando ela viu que não tinha mais a imagem, quase passou mal. Um cemitério precisa ser respeitado pela crença e pelos antepassados”, considera. A terapeuta citou que fez duas queixas na central de atendimento ao cidadão da cidade.

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo não se manifestou sobre o problema até o fechamento desta edição.