A bancada de vereadores do PT de Diadema afirmou que buscará prévias se o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, insistir em ser pré-candidato do partido à Prefeitura da cidade. Ontem, o grupo de apoiadores de Vicentinho disse que está mantido o projeto eleitoral do parlamentar no município.

Dois vereadores duelam internamente pela indicação da legenda para projeto majoritário do ano que vem: Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e José Antônio da Silva. Ambos dispararam quando Vicentinho transferiu o título de eleitor de São Bernardo para Diadema, mas amenizaram o tom quando o deputado federal declarou ao Diário que retiraria a campanha se o clima de cisão continuasse.

“Vejo com naturalidade (a volta de Vicentinho ao cenário para candidatura). Para nós (bancada), essa candidatura não é obsessão pelo poder e sim uma forma de contribuir para o fortalecimento do partido. A bancada, porém, não vai recuar. Persistindo esse manifesto vejo que teremos o processo de prévias, que é natural na história do PT. Ninguém vai morrer se tiver (prévias). Infelizmente esse grupo (que apoia o Vicentinho) começou a discussão sem debate interno e por isso acho que a maneira de resolver será por prévia”, pontuou Maninho.

Vicentinho surgiu como alternativa para grupo de sindicalistas e correntes internas mais à esquerda do PT. Eles acreditam que apenas o deputado federal é capaz de trazer densidade eleitoral se o ex-prefeito José de Filippi Júnior confirmar que não será candidato ao Paço. Delatado na Operação Lava Jato pela época em que era tesoureiro das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Filippi avisou não ter desejo de buscar quarto mandato de prefeito de Diadema.

O receio das prévias é relembrar o episódio de 1996, quando José Augusto da Silva Ramos (atual PSDB) brigou com Filippi pelo comando do diretório petista, venceu a queda de braço, porém, perdeu a eleição para Gilson Menezes (então PSB, hoje PDT).