O Estado de São Paulo vive uma das crises hídricas mais graves da história. O nível alarmante dos reservatórios de água fez com que muitas pessoas ficassem vários dias sem o líquido ou com abastecimento precário. Por conta deste cenário, o consumo consciente tornou-se uma obrigação de toda a população.

Nestas situações, aqueles que adotam medidas para aumentar a economia, tornam-se exemplos a serem seguidos. Este é o caso do coordenador do laboratório de controle das unidades de Poliolefinas da Braskem em São Paulo, Marco Aparecido Rodrigues Mendes, 49 anos.

Ele e a sua família decidiram adotar um estilo de vida em que a economia faz parte da rotina. Para isso, alteraram alguns de seus hábitos e readaptaram a casa para captar água da chuva. “Consigo aproveitar cerca de 25% da água que cai no meu telhado, mas pretendo elevar esse percentual em pouco tempo.”

Outra medida adotada por Mendes é a reutilização da água usada na máquina de lavar. “Ela (a máquina) é um dos grandes vilões, mas só notamos isso quando reaproveitamos a água para outras diversas atividades, como lavar o carro e outras partes da casa.”

Desde que se propôs a reduzir o consumo, a utilização do recurso hídrico diminuiu em até quatro vezes em sua residência. “Antes gastávamos cerca de 26m³ mensais, o que é muito para uma família de três pessoas. Hoje, em meses que de chuva, consumimos 6m³. Colocamos um dispositivo homologado pelo Inmetro que evita que o hidrometro registre o ar como água.”

Outra medida que a família adotou foi a substituição do jardim por um gramado sintético. Apesar de todas essas mudanças não foram necessários investimentos muito altos. “Gastei cerca de R$ 1.000 em todas as mudanças. Mas não fiz pelo dinheiro, fiz para preservar o meio ambiente.”