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Lutadores de sumô da Mongólia são acusados de manipulação
Da AFP
21/05/2007 | 17:10
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Uma revista popular japonesa acusou novamente nesta segunda-feira os lutadores de sumô da Mongólia de manipular os resultados das lutas nos grandes torneios profissionais.

A revista Shukan Gendai, que já havia feito denúncias semelhantes em janeiro, reiterou as acusações apoiando-se no que apresenta como gravações de conversas envolvendo Hakuho, um dos melhores lutadores mongóis.

Com 22 anos, Hakuho, cujo nome mongol é Munkhbat Davaajargal, ocupa o segundo lugar do ranking profissional. Ele se recusou a comentar o caso. A Associação Japonesa de Sumô também não quis fazer comentários.

A revista Shukan Gendai já havia acusado o número um do sumô, o mongol Asashoryu, de ter comprado combates. O caso deflagrou uma grande polêmica, e o lutador prestou queixa contra a revista por difamação.

A Associação Japonesa de Sumô e 17 lutadores, entre eles Asashoryu, pedem 43 milhões de ienes (270.000 euros) à principal editora japonesa, Kodansha Ltd, à diretoria da revista Shukan Gendai e ao jornalista independente Yorimasa Takeda, que escreveu a matéria.

Asashoryu, 26 anos, cujo nome verdadeiro é Dolgorsuren Dagvadorj, é hoje o lutador de sumô mais famoso do Japão. Impetuoso e arrogante, dono de personalidade forte, ele é considerado o melhor lutador de sumô de todos os tempos.

Segundo a revista Shukan Gendai, cada uma de suas lutas manipuladas teria sido comprada por várias centenas de milhares de ienes.

O arrogante e bélico Asashoryu - que significa ‘dragão azul da manhã’ em japonês - suscitou a antipatia do conservador mundo do sumô e dos torcedores japoneses, acostumados com a bonomia e a tranqüilidade de seus lutadores.

O sumô já foi no passado abalado por acusações de corrupção e de doping, muitas vezes proferidas por ex-lutadores.



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