Economia Titulo Bônus
Grande ABC terá R$ 2,7 bi de 13º salário
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
11/11/2014 | 07:30
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Serão R$ 2,7 bilhões os recursos destinados ao pagamento das duas parcelas do 13º salário neste ano, em todos os setores da economia do Grande ABC, apontou estudo realizado pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O volume é 13,7% maior do que observado em 2013. O levantamento, elaborado com base na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, e também a partir de informações do Ministério da Previdência Social, mostra que houve avanços em relação ao ano passado.

Segundo o delegado do Corecon (Conselho Regional de Economia) no Grande ABC, Leonel Tinoco, a expansão mostra que ainda houve conquistas de aumentos acima da inflação neste ano. Os dados do estudo são nominais, ou seja, não descontam as perdas com a taxa inflacionária, que deve ficar em torno de 6,5% no fechamento do ano.

Os R$ 2,7 bilhões serão pagos a 1,3 milhão de pessoas, e boa parte desse montante (R$ 2,1 bilhões) será destinada aos 828,7 mil trabalhadores com carteira assinada na região, enquanto os restantes R$ 626,7 milhões vão para os bolsos dos 477,2 mil aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Os 95.877 trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (que abrange São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) participam com 17% (ou R$ 461,2 milhões) do total de recursos pagos com esse abono na economia dos sete municípios. No caso dessa categoria, o total será 0,7% superior ao pago em 2013.

Presidente do sindicato, Rafael Marques explica que a pequena ampliação se deve à redução do número de empregos, como reflexo das dificuldades do setor automotivo tanto nas vendas no mercado interno quanto nas exportações. Em 2013, eram 100,5 mil postos de trabalho. “Mesmo com a redução da nossa base, a massa de renda foi preservada por causa da campanha salarial que garantiu reajuste real (acima da inflação)”, diz.

DÍVIDAS - Tinoco avalia que boa parte dos recursos do 13º na região será para pagar dívidas já existentes. Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) aponta que 68% dos brasileiros planejam fazer esse uso do dinheiro.

O economista cita ainda que parte dos trabalhadores, por exemplo os que estão em lay-off (com contratos de trabalho suspensos), pode guardar parcela do valor recebido, por causa da incerteza em relação a seu emprego no futuro. Já para os que vão às compras, a orientação é que, com dinheiro na mão, negocie descontos nas compras à vista. Para quem vai parcelar, é preciso tomar cuidado para não começar 2015 muito endividado.
 




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