Política Titulo Sem consenso
CPI adia definição e marca outra reunião para discutir relatórios distintos sobre crise na Saúde

Vereadores se encontraram ontem, mas deixaram desfecho para sexta-feira

Júnior Carvalho
Especial para Diário
11/11/2014 | 07:47
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Celso Luiz/DGABC


Os integrantes da CPI da Saúde em Diadema adiaram mais uma vez a definição sobre a crise no setor e marcaram outra reunião para sexta-feira para bater o martelo no relatório final das apurações. A conclusão era para ter ocorrido em encontro de ontem, mas a falta de consenso impediu que o grupo finalizasse os trabalhos.

Ontem, os parlamentares debateriam a possibilidade de editar o relatório elaborado por Albino Cardoso (PV), no qual poupa o governo do prefeito Lauro Michels (PV) pelos problemas na Saúde no município. Presidente da comissão, Josa Queiroz (PT) formulou parecer paralelo alegando que o documento apresentado pelo governista “distinguia da realidade”. A comissão trabalhava com a hipótese de mudar o relatório oficial ou levar a plenário dois resultados distintos.

Segundo Josa, os vereadores só tiveram acesso ao texto paralelo na manhã de ontem e que, por isso, ainda não poderiam deliberar sobre o desfecho da CPI. “Novo documento não desqualifica o primeiro. Cada um tem a sua importância”, frisou o petista.

As divergências entre os integrantes da comissão, composta por governistas e oposicionistas, têm estendido a validade da CPI, instituída em maio. No dia 30, os parlamentares aprovaram prorrogação por 30 dias – retroativo ao dia 24 – do prazo final para a conclusão dos trabalhos.

O que se comenta pelos corredores da Casa é que o governo estaria irredutível sobre modificar o relatório apresentado por Albino, que concentra a responsabilidade ao governo federal. A postura seria forma de blindar o secretário de Saúde da cidade, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que é alvo de críticas até de profissionais da Prefeitura.

A aliança entre José Augusto e Lauro, amarrada ainda no segundo turno da eleição de 2012, tem pesado a favor da permanência do secretário. Vereador eleito, o tucano teria ameaçado integrar a bancada de oposição na Câmara caso tivesse de trocar o Executivo pelo Legislativo.

No pacote de problemas enfrentados na área está a falta de remédios, de equipamentos aos profissionais, além do fechamento da UTI pediátrica do Hospital Municipal, em Piraporinha, e a paralisação da construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas), no mesmo bairro.




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