Política Titulo Contra rejeição
Saulo muda um terço do secretariado

Com avaliação do governo em baixa, prefeito faz reforma administrativa extensa e troca oito dos 22 secretários

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
07/11/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Amargando baixa popularidade do governo, o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), decidiu fazer ampla reforma administrativa. O peemedebista mudou oito dos seus 22 secretários, o que equivale a um terço da equipe. O chefe do Executivo alega que são “apenas alterações”, mas aliados garantem que a reforma visa acelerar os trabalhos para driblar a rejeição a seu mandato.

Para a chefia da Saúde, Saulo escolheu Lair da Apraespi (PSC), irmã da vice-prefeita, Leo da Apraespi (PSC), que já comanda a Pasta de Educação. Então titular da Saúde, Koiti Takaki foi alocado em Assuntos Estratégicos. Em Assuntos Jurídicos assume Rosana de Lucca, que chegou a presidir o Imprerp (Instituto Municipal de Previdência). Para a autarquia, o peemedebista apresentou Antônio Carlos de Lima, de Mauá, como novo superintendente.

À frente da Pasta de Gestão e Planejamento Administrativo entra Crispim dos Reis (PSC), que até então gerenciava Infraestrutura Urbana. Em seu lugar, assume Júlio Maria de Lima. Ele estava no comando da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Ouro Fino, que passa a ser liderada pelo irmão de Saulo, Sílvio Benevides. Por último, o prefeito escolheu Nelson Gomes de Melo como chefe de Finanças. “Mudanças são importantes para um governo. Fazem parte”, sintetizou o peemedebista.

Prestes a entrar no penúltimo ano de governo, Saulo enfrenta dificuldades em recuperar prestígio da população. Em setembro, o Diário mostrou que o peemedebista atingiu índice recorde de rejeição: 72% dos moradores consideravam sua gestão como ruim ou péssima, segundo levantamento do DGABC Pesquisas.

VOLÚVEL
Apesar de manter relação instável com Leo e Lair – chegou a demitir a vice da Educação –, Saulo incumbiu as irmãs de administrar duas secretarias essenciais do governo e com maiores orçamentos do Paço. Na peça orçamentária vigente, estimada em R$ 292,6 milhões, Saúde e Educação consomem 45,5% – juntas, têm R$ 133,2 milhões. 




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