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Independência financeira garante vida após demissão
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
12/09/2010 | 07:12
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A busca pela independência financeira deve estar entre as metas dos interessados em investir e poupar. Diferentemente do pensamento que o conceito remete, não significa pagar as contas sem a ajuda de alguém. O independente é aquele que faz reserva financeira suficiente para sobreviver durante bom tempo se perder sua fonte de renda.

Na avaliação do presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Andrew Frank Storfer, o conceito pode ser melhor interpretado como tranquilidade financeira. "E deve estar associado às necessidades e expectativas de cada pessoa", diz.

Portanto, a ideia é que o trabalhador deve estar preparado para enfrentar possível demissão aos meses que a sucedem. Principalmente porque cortes em empresas acontecem, muitas vezes, quando a economia não caminha bem.

Na avaliação do professor do curso de Administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Adriano Gomes, a independência financeira acontece quando a pessoa acumula recursos suficientes para sobreviver por 24 meses, se perder sua fonte de renda. "E para isso é necessário planejamento e obstinação", pontua Gomes.

Storfer defende que o ideal seria se o trabalhador guardasse dinheiro suficiente para sobreviver, ao menos, um ano sem renda. "Mas isso depende da condição financeira da família. Aqueles da classe E, por exemplo, dificilmente conseguiriam poupar recursos", analisa.

O montante, que depende do padrão de vida de cada um, assusta de primeira vista. Mas os bens também se encaixam na soma. Vender um carro, por exemplo, pode gerar recursos suficientes para sobreviver, sem muitas dificuldades, por alguns meses.

Gomes aconselha que os consumidores não percam tempo e comecem a pensar na independência financeira. "Principalmente porque os gastos públicos neste ano foram altos", acrescenta.

MOTIVO
Para segurar a pressão da crise financeira internacional, que balançou a economia de vários países em 2009, o governo federal aumentou os gastos públicos com investimentos no Brasil, afirma o professor da ESPM. "Por outro lado, a expectativa é de que a receita pública não aumente por bom tempo. Portanto, haverá redução nos gastos públicos no ano que vem, para contrabalancear", analisou Gomes.

Ele explica que a teoria econômica apresenta que redução dos gastos públicos implica em desaceleração da atividade econômica. E, neste caso, uma das possibilidades é o avanço da taxa de desemprego. Mesmo sendo hipótese, em 2009 por exemplo, a crise provocou demissões no País.




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