O goleiro Rogério Ceni deixa o campo andando devagar, com uma das mãos na coxa esquerda, senta na entrada do Reffis e fica algum tempo conversando com o médico José Sanchez. A cena aconteceu na manhã de ontem, no CT da Barra Funda. O torcedor do São Paulo, porém, pode ficar tranquilo: o capitão não sofreu nova lesão que o deixará fora de combate.

Segundo José Sanchez, essa é uma situação rotineira, ainda por causa do longo período de inatividade. Rogério Ceni ficou mais de quatro meses afastado se recuperando da fratura no tornozelo esquerdo, que sofreu em um treino, até voltar no jogo contra o Fluminense, no dia 20 de agosto. "É normal ele ainda sentir um pouco de incômodo muscular", afirmou o médico. "Mas não é nada que preocupa."

Prova disso é que no período da tarde, no segundo treino do dia comandado pelo técnico Ricardo Gomes, o goleiro já trabalhou com o grupo e deverá ter condições de exercer suas funções sem limitações contra o Santo André, domingo, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela 25ª rodada do Brasileiro.

Rogério Ceni disputará o sexto jogo após o seu retorno. Desde então, reclama de dores musculares. Na última segunda, por exemplo, o goleiro foi ao CT no dia de folga para fazer manutenção. "Ele nunca estará 100%", afirmou recentemente o superintendente do clube, o médico Marco Aurélio Cunha. "O Rogério não é mais um garoto (tem 36 anos), sempre vai estar sentindo alguma dor."

RICHARLYSON - O volante temia perder sua posição no meio-de-campo. Mas o técnico Ricardo Gomes praticamente assegurou que ele volta ao time titular após cumprir suspensão contra o Avaí, na última rodada, apesar da boa produção do setor na vitória por 2 a 0. O treinador não quer se arriscar a perder o padrão encontrado quando fixou Richarlyson na equipe e conseguiu arrancar da 16ª para a terceira colocação do Brasileiro, a apenas um ponto do líder Palmeiras.

O jogador é um dos poucos atletas do elenco que participaram da conquista dos três últimos títulos brasileiros. No ano passado, contudo, amargou a reserva e só foi titular no último confronto do campeonato, diante do Goiás (vitória por 1 a 0). Depois, durante o primeiro semestre deste ano, foi novamente para o banco.