O coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), Márcio Nakane, elevou ontem de 0,58% para 0,72% a projeção de inflação para a cidade de São Paulo no mês de maio.

De acordo com ele, a tendência de alta foi confirmada pela prévia divulgada ontem, na qual o IPC-Fipe subiu 0,68% na primeira semana do mês, ante a alta de 0,54% no final de abril.

"Já era esperada uma alta mais expressiva que a do final de abril, mas não com essa magnitude. Foi realmente uma surpresa", avaliou Nakane.
"No decorrer do mês, a inflação poderá até passar de 0,72%, mas, no final, deve se acomodar nesta taxa", acrescentou.

A previsão do IPC-Fipe para todo o ano de 2008 permanece em 4,5%. No acumulado dos últimos 12 meses; até a primeira prévia de maio, o IPC da Fipe subiu 4,66%.

ALIMENTAÇÃO
De acordo como o coordenador, o vilão do IPC continua sendo o grupo de produtos de alimentação, que apresentou alta de 1,23% na primeira prévia, ante 0,84% no final de abril.
"Arroz, leite e carne devem continuar subindo. O pão francês, apesar dos preços elevados do trigo, dá sinais de que poderá ficar com um preço mais comportado", comentou.

SAÚDE
Outro grupo de destaque do índice foi o de preços da área de saúde, cuja alta passou de 1% para 1,28%. Os itens que exerceram a maior pressão no grupo foram os remédios (elevação de 2,89%) e os contratos de assistência médica (0,56%).

COMBUSTÍVEL
Nesta categoria, o Diesel avançou 2,27% na primeira quadrissemana de maio (últimos 30 dias encerrados em 7 de maio) ante variação de 0,18% do final de abril. No mesmo período, a gasolina subiu 0,12%, ante 0,05%.

A variação mais forte do óleo diesel já era aguardada, já que o aumento pela Petrobras nas refinarias no último dia 30 foi maior para esse combustível que para a gasolina.