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Pinguins chocam
ovos na Sabina

A previsão é de que os filhotes nasçam até o fim do mês; os pais cuidarão deles por cerca de 90 dias

Por Caroline Ropero
08/12/2013 | 07:00
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A Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo André, deve ganhar novos moradores até o fim deste mês. Quatro pinguins-de-magalhães fêmeas botaram oito ovos. Mas já se sabe que um deles não está fecundado (não tem filhote). A descoberta foi feita por meio da ovoscopia, exame em que se observa o interior do ovo.

Biólogos e veterinários da Sabina colocaram bastante feno (vegetal seco) numa área do pinguinário. Cada casal fez seu ninho. Macho e fêmea se revezam para chocar os ovos. Assim, podem sair para descansar, comer e tomar banho.

Em geral, a mãe pinguim bota dois ovos brancos. Mas é comum que só um sobreviva. O filhote leva de 38 a 40 dias para nascer. Os pais cuidam dele por três meses. Ao perder as primeiras plumas, adquire penas impermeáveis que permitem nadar com facilidade.

O pinguim-de-magalhães é originário da Patagônia, na América do Sul. Atinge 70 cm e pesa de 3,5 kg a 5 kg. Na natureza, ao deixar o ninho, os animais jovens saem em bando, sem os pais, pelo mar. Após três ou quatro meses, voltam à terra natal.

A fêmea começa a acasalar por volta dos 4 anos; o macho, aos 6 anos. A época de reprodução vai de setembro a fevereiro. Em abril, iniciam a migração para fugir do inverno rigoroso. Costumam se aproximar do litoral brasileiro (Sul e Sudeste) em junho. Alguns se perdem pelo caminho e chegam às praias fracos e doentes.

Parte daqueles resgatados e que sobrevivem não volta à natureza. É levada a instituições que cuidam e usam a espécie em projetos de educação ambiental. É o caso dos 23 pinguins (12 fêmeas e 11 machos) da Sabina. O fato de botarem ovos significa que eles têm se adaptado ao cativeiro.

Pinguim-imperador é pai dedicado

O pinguim-imperador, que vive na Antártica, é responsável por chocar o ovo e proteger o filhote. Após o cruzamento, que ocorre na primavera ou verão, a fêmea bota só um ovo. Com as patas, passa para o pai sem deixá-lo encostar no chão para não congelar.

Ele fica em uma dobra que o pai tem no abdômen. Enquanto isso, a mãe vai embora e permanece dois meses longe. Os machos nunca abandonam o ovo e sobrevivem da gordura que acumulam no organismo no verão.

Durante a espera, que ocorre no inverno, o pai fica bem fraco. Mesmo assim, quando o filhote nasce, consegue dar a primeira refeição, uma substância que sai de sua goela. Só após a volta da mãe, o macho descansa e se alimenta. Então, os dois dividem a tarefa de cuidar do filho.

Consultoria da bióloga Catherina Bartalini e de Marcus Corradini, coordenador de atividades ambientais da Sabina Escola Parque.

Nas telas


A animação Happy Feet(2006) mostra o pai do protagonista Mano e outros pinguins-imperadores machos cuidando dos ovos enquanto as fêmeas estão em busca de alimento no mar, assim como ocorre na vida real. No filme, um acidente parece fazer com que Mano nasça com talento diferente. Ele não sabe cantar, mas sapateia como ninguém.
 




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