A história do Rio São Francisco, contada e recontada de pai para filho pelas gerações ribeirinhas que se sucedem às margem daquele que, com seus 2,7 mil quilômetros, é um dos principais mananciais do País, será toda documentada em um museu. O Museu do Rio São Francisco será instalado em Penedo, a principal cidade histórica de Alagoas e a mais antiga das margens do ‘Velho Chico’, como é chamado pelos ribeirinhos.

O Museu do Rio São Francisco preservará a memória histórica e cultural de todos os aspectos que tornaram o rio tão influente no cotidiano dos indivíduos da região. A idéia é que cada um dos segmentos do rio ganhe um espaço expositivo e de referência, onde serão abordados os centros e monumentos históricos, os sítios arqueológicos, os mitos e os elementos folclóricos, as manifestações da cultura popular e as características ambientais que acompanham o manancial.

Para viabilizar o projeto, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai destinar R$ 1,58 milhão para a primeira fase. Serão necessários investimentos de R$ 5 milhões, divididos em duas parcelas iguais.

Nesta segunda-feira, o presidente da instituição, Demian Fiocca, e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, assinaram o contrato de financiamento que possibilitará ao BNDES liberar a sua parcela inicial no empreendimento.

A criação do museu, segundo informações do BNDES, está relacionada com a ação Programa BID-Monumenta, de preservação do patrimônio histórico urbano, que tem como um dos seus eixos reforçar a relação da cidade de Penedo com o rio São Francisco.