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São Leopoldo e Vila Vivaldi se destacam
Por Vanessa Fajardo e Dérek Bittencourt
Do Diário
25/02/2009 | 07:00
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Campeã do ano passado, a São Leopoldo é novamente uma das escolas favoritas ao título do Carnaval em São Bernardo, ao lado da Acadêmicos de Vila Vivaldi, que reestreou no Grupo Especial. As duas agremiações foram os destaques dos desfiles entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem e empolgaram o público de 70 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.

Com 550 componentes, o desenvolvimento da harmonia foi um dos pontos altos do desfile da Vila Vivaldi que entrou animada na avenida com o enredo Salvador, 500 Anos de um Caso de Amor. A escola soube explorar o enredo e desenvolveu o desfile com criatividade. Um navio com exploradores, crianças vestidas de portugueses, homens jogando capoeira e o tradicional trio elétrico que trazia imagens das grandes personalidades da Bahia foram alguns dos destaques.

A Mocidade Alegre de São Leopoldo foi a quinta escola a entrar na avenida, pouco depois da meia-noite, com o enredo Gigante és Tu Meu Brasil, Minha Terra, Meu Tesouro. Abordou em dez alas as diferentes culturas e folclores brasileiros. Trouxe a primeira ala coreografada da noite, com 15 casais que representavam samba e Carnaval. Assim como no ano passado quando tirou nota máxima, a bateria deu um show à parte. Os ritmistas estavam com fantasias diferentes que lembravam os bois Garantido e Caprichoso do festival de Parintins, em Amazonas.

Primeira a entrar na avenida, a Tradição da Vila investiu nas cores com enredo sobre as fases da lua. O carro abre-alas encantou o público com astronautas em forma de bonecos, luas e foguetes. Com 350 integrantes, no fim do desfile a agremiação teve de acelerar o passo para não estourar o limite de tempo de 50 minutos.

A Renascente desfilou depois da empolgante Vila Vivaldi e não provocou as mesmas reações no público. Para exemplificar o enredo Brasil África, Igualdade Sempre, o carro abre-alas intitulado A Travessia do Mar trouxe uma sereia. Destaque para a animação do presidente da agremiação, Benedito Lemes, o Ditinho, que desfilou no último carro.

Logo em seguida veio a União das Vilas que apesar de ter apostado em um enredo original, sobre os insetos e os problemas ambientais, desfilou com fantasias sem glamour. Porém, não faltou ânimo. Um dos principais refrões do samba: "Hoje a União se manifesta e dá seu grito de alerta: o aquecimento do planeta é real", animou os foliões.

A Estação Primeira de Baeta Neves apresentou um desfile burocrático, mas o suficiente para se manter na elite do Carnaval. Assim como no ano passado, a escola se inspirou em temas lúdicos. O grande destaque foi o último carro alegórico com um mágico gigante que movia as mãos, ao lado de coelhos saídos de uma cartola. Com efeitos pirotécnicos, a alegoria empolgou o público.

Vice-campeã no ano passado, a 3ª Idade Brilha São Bernardo apostou em um tema diferente: o chocolate. Criativa nas fantasias, a agremiação empolgou a plateia principalmente ao distribuir pirulitos e bolachas. Destaque para o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, que vestia uma fantasia que lembrava lascas de chocolate.

Parte do público já havia deixado a Avenida Aldino Pinotti quando a Rosas Negras fechou os desfiles, por volta das 4h. A comissão de frente causou uma boa impressão. Fantasiada de guerreiros africanos simulou um ritual com uma coreografia afinada e precisa, porém o restante do desfile não manteve o ritmo e beleza.

A apuração em São Bernardo acontece amanhã às 14h no ginásio Poliesportivo.

Destaques - À frente da bateria, Paloma Santos de Oliveira, 8 anos, deu um show de samba no pé durante o desfile da Tradição da Vila. Foi a estreia da menina no Carnaval.

Outra criança que chamou a atenção na Folia de ontem foi Alex Cauê Pereira dos Santos, 5 anos, que comandava a bateria da União das Vilas ao lado do mestre oficial, Chokito. Com baqueta e apito, o garoto repetia os movimentos do mestre.

A adolescente Janaína Jonas de Lima Souza, 14 anos, desfilou em todas as oito agremiações do Grupo Especial ontem. Na apresentação de anteontem, foram quatro participações. "Todo ano é assim, eu amo Carnaval", disse a garota.

Três escolas de samba trouxeram pontos comuns em seus respectivos desfiles. Com enredos semelhantes, a Vila Vivaldi (Salvador) e a Renascente (Brasil/África) desfilaram alas de capoeira, enquanto a própria Vivaldi e a São Leopoldo (Brasil) repetiram a ideia de caracterizar a ala das baianas como as próprias mulheres nascidas na Bahia, com os tabuleiros de acarajé nas mãos.

Algumas das baterias das agremiações abusaram das chamadas ‘paradinhas'. A Tradição da Vila, a Estação Primeira de Baeta Neves e a ‘nervosa' da União das Vilas efetuaram com êxito e levantaram as arquibancadas da Avenida Aldino Pinotti.




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