O agronegócio no Estado de São Paulo deve crescer entre 6% e 7% neste ano em relação a 2006, disse o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João Sampaio.

Para ajudar ainda mais nesse desempenho, a Nossa Caixa – que terça-feira divulgou lucro líquido de R$ 87,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado superior em 149,3% o verificado no último trimestre de 2006 – deve fechar parceria com o governo estadual para oferecer linha de financiamento agrícola para pequenos e médios produtores. O projeto vai entrar em vigor no segundo semestre.

Independentemente da parceria com a Nossa Caixa, o orçamento para o financiamento agrícola no Estado já está definido em 16% a mais do que em 2006. Serão desembolsados R$ 25 milhões para o seguro agrícola e mais R$ 99 milhões para pequenos e médios produtores. Esses valores fazem parte do FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), órgão vinculado à secretaria e que tem como objetivo prestar apoio financeiro em programas de interesse da economia estadual aos pequenos agricultores com renda anual de até R$ 215 mil. A vantagem é que a linha de financiamento cobra juros de 4% ao ano, com prazo de até cinco anos de pagamento.

Os pequenos e médios somam 270 mil agricultores no Estado, e o agronegócio é responsável por um terço da economia paulista. Só no ano passado, o superávit da balança comercial chegou a U$ 10 bilhões.

O secretário garantiu que, mesmo com o dólar barato, as exportações vão fechar o ano em alta. Uma das apostas para isso é a verticalização da produção: plantar mais em pouco espaço para ganhar em volume e compensar a perda financeira.

Açúcar e etanol vão continuar puxando a economia paulista. Nos próximos quatro anos, a plantação da cana-de-açúcar deve chegar a seis milhões de hectares. Hoje são 4,3 milhões.

Sampaio também garantiu que o governo vai incentivar as tecnologias limpas e, principalmente, a agroenergia e a exportação de tecnologia de etanol.